Mozilla compra Pocket

Serviço de leitura tem 10 milhões de usuários e 3 bilhões de links salvos

Paulo Higa
• Atualizado há 1 ano e 1 mês

O Pocket, serviço de leitura que nasceu como uma extensão para o Firefox em 2007, inicialmente conhecido como Read It Later, agora é da Mozilla. A companhia por trás do Firefox anunciou nesta segunda-feira (27) que adquiriu o serviço que salva artigos para ler depois. O valor da transação não foi divulgado.

É um namoro que terminou em casamento: desde 2015, o Pocket está presente nativamente no Firefox, com um botão para salvar artigos. O serviço de leitura tem mais de 10 milhões de usuários ativos mensais e mais de 3 bilhões de links salvos — só eu devo ter algumas centenas ou milhares de artigos esquecidos por lá.

Esta é a primeira aquisição “estratégica” da Mozilla. Segundo o The Verge, a ideia é fortalecer a presença da Mozilla nos dispositivos móveis, onde a empresa não possui um navegador com grande fatia de mercado e fracassou com o Firefox OS, sistema operacional voltado para aparelhos de baixo custo (e que mudou de foco algumas vezes).

Além disso, o Pocket é conhecido por conseguir identificar bem os artigos e vídeos de alta qualidade para indicá-los aos usuários. Recomendação de conteúdo é um dos principais focos atuais da Mozilla, com o Context Graph, iniciativa criada com o objetivo de ajudar as pessoas a encontrarem novos conteúdos na internet.

Até então, o Pocket havia levantado US$ 14,5 milhões de investidores e tinha uma equipe de 25 funcionários — eles continuarão trabalhando de maneira independente no projeto. Seu principal concorrente, o Instapaper, foi comprado recentemente pelo Pinterest, também por um preço não revelado.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.