Limite de US$ 1 mil em duty free de aeroportos começa a valer em 2020
Portaria do ministro Paulo Guedes aumenta limite de compras em free shops no desembarque internacional de aeroportos
Portaria do ministro Paulo Guedes aumenta limite de compras em free shops no desembarque internacional de aeroportos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, assinou uma portaria que aumenta o limite de compras em lojas duty free para US$ 1 mil no desembarque internacional de portos e aeroportos. A medida valerá a partir de 2020 para todo tipo de produto, incluindo eletrônicos como iPhone e iPad, perfumes, cosméticos e bebidas.
A portaria foi publicada nesta terça-feira (15) no Diário Oficial. “A venda de mercadorias com isenção a passageiro chegando do exterior… será efetuada até o limite de US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, por passageiro”, diz o texto assinado por Guedes. O limite atual é de US$ 500.
A nova regra para free shops valerá a partir de 1º de janeiro de 2020. A portaria lembra que compras acima de US$ 1 mil entrarão no regime de tributação especial da Receita Federal: isso significa que o valor excedente será tarifado em 50% (imposto de importação).
Existem três tipos diferentes de tributação para pessoas que fazem viagens aéreas:
A portaria não muda a cota de US$ 500 para produtos vindos do exterior: ou seja, esse continuará sendo o limite válido para mercadorias na bagagem de voos internacionais. Ultrapassando esse valor, a Receita cobra o imposto de 50% sobre o excedente. (Como dissemos antes, as compras do duty free de desembarque não entram nesse limite.)
O presidente Jair Bolsonaro prometeu na semana passada que o limite para compras no duty free também seria aumentado em viagens terrestres, como na fronteira com o Paraguai, de US$ 300 para US$ 500. No entanto, a portaria assinada por Guedes não menciona isso.
A Receita estima que, com o novo limite para free shops de aeroportos, deixarão de ser arrecadados R$ 62,64 milhões em 2020. A perda de arrecadação em 2021 foi calculada em R$ 72,10 milhões, com mais R$ 83,03 milhões em 2022 e R$ 95,53 milhões em 2023.
Os produtos de lojas duty free são isentos do imposto de importação, mas têm que pagar a taxa do Fundaf (Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização), que é gerido pela Receita.
A área técnica do Ministério da Economia criticou o aumento do limite de compras em free shops, dizendo que a cota de US$ 500 dólares já é uma das mais altas do mundo. Por exemplo, Argentina, Chile, Paraguai e México isentam compras de duty free até o máximo de US$ 300.
Com informações: Diário Oficial, Reuters.
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