Novos detalhes do iOS 18: muita inteligência artificial, diz analista

Apple prepara funcionalidades com IA para tarefas cotidianas, como resumos de notificações, sugestões de respostas e transcrição de áudio

Giovanni Santa Rosa
Por
Ícone do iOS
iOS 18 será apresentado na WWDC 2024, que acontece em junho (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Apple dará um destaque especial aos recursos de inteligência artificial do iOS 18 em sua apresentação da WWDC 2024. O sistema deve contar com ferramentas do tipo em diferentes aplicativos, como Safari, Fotos e Notas, além de melhorias na Siri e nas notificações. Mesmo assim, não espere que as novidades sejam tão impressionantes como as que Google, Microsoft e OpenAI vêm lançando.

As informações são do jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, especialista em acompanhar a Apple. Segundo Gurman, as ferramentas são tratadas internamente pela empresa sob o codinome Project Greyhound. Os recursos desenvolvidos pela própria empresa são mais voltados para tarefas cotidianas, facilitando o que os usuários já fazem normalmente.

Tela iPhone 15 Pro Max
iPhone 15 seria capaz de rodar algumas tarefas de IA sem depender da nuvem (Imagem: Thássius Veloso / Tecnoblog)

Entre as funcionalidades, estariam resumos de mensagens e notificações, transcrição de gravações de áudio, edição de imagens, sugestões de respostas e melhorias no Safari e no Spotlight. Já a Siri deve ganhar uma versão atualizada, e os emojis poderão receber customizações criadas com IA generativa.

As ferramentas de IA da Apple vão rodar nos próprios aparelhos ou nos servidores. Isso vai variar conforme as demandas de cada tarefa. Gurman afirma que códigos nos próprios dispositivos vão decidir onde executar o processamento.

Mesmo assim, é possível que a opção de rodar tarefas localmente esteja disponível apenas para as duas gerações mais recentes de iPhone, iPad e Mac.

iOS 18 terá aviso de fase beta e parceria com OpenAI

A Apple também estaria considerando apresentar os recursos de inteligência artificial como “beta” ou “preview”, como uma forma de se proteger contra possíveis erros, problemas ou controvérsias envolvendo as ferramentas — como o Google sugerindo passar cola na pizza.

Outras empresas também estão fazendo isso: o Google coloca um aviso de que os resumos gerados com IA são um recurso experimental, por exemplo. A própria Siri foi apresentada como beta em 2011.

A Apple também decidiu se proteger contra os riscos de lançar um chatbot próprio. Um dos motivos é que a empresa está abaixo das concorrentes neste campo. Um robô conversacional não ficaria pronto a tempo do lançamento do iOS 18 na WWDC, que acontece em junho de 2024, e não estaria no mesmo nível de Gemini, Copilot e ChatGPT, para citar alguns exemplos.

Homem sobre palco
Google anunciou AI Overviews durante I/O 2024 (Imagem: Reprodução/Google)

Outro fator, segundo Gurman, é que alguns executivos da empresa se opõem filosoficamente a essa ideia: eles consideram que ferramentas do tipo causaram polêmicas e arranharam a reputação de outras empresas. Por isso, a Apple deveria ficar longe de uma funcionalidade assim.

No entanto, a empresa sabe que os usuários estão interessados em chatbots deste tipo. A solução, de acordo com as informações da Bloomberg, foi fechar uma parceria com a OpenAI, como uma forma de oferecer a funcionalidade sem precisar desenvolvê-la.

Mesmo assim, as recentes polêmicas da empresa de Sam Altman — como a suposta imitação da voz da atriz Scarlett Johansson e a própria demissão e readmissão de Altman — acendem um alerta para a Apple. Por isso, a empresa estaria trabalhando para fechar outra parceira, desta vez com o Google, para dar o Gemini como opção. A alternativa, porém, só seria lançada posteriormente.

Com informações: Bloomberg, 9to5Mac

Relacionados