Oi tem queda de receita em 2018 após perder clientes de celular e banda larga
Oi teve prejuízo líquido de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre; faturamento sofreu queda na telefonia fixa, móvel e banda larga
Oi teve prejuízo líquido de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre; faturamento sofreu queda na telefonia fixa, móvel e banda larga
A Oi divulgou o balanço referente ao quarto trimestre: a operadora enfrentou uma significativa queda na receita, levando a um prejuízo líquido de R$ 3,3 bilhões. O faturamento sofreu um recuo na telefonia fixa, telefonia móvel e banda larga. No entanto, considerando o ano inteiro de 2018, ela teve lucro líquido de R$ 24,6 milhões devido à reestruturação da dívida.
O principal desafio da Oi será conter a queda no faturamento. A operadora registrou receita líquida total de R$ 22,06 bilhões no ano inteiro, número que é 7% menor em relação a 2017.
Há alguns sinais de melhora. A dívida líquida caiu 75,2% em relação a 2017, chegando à marca de R$ 11,8 bilhões graças à reestruturação. O Capex (investimento) no ano foi de R$ 6,1 bilhões, valor 7,5% maior se comparado ao ano anterior.
O negócio residencial da Oi teve receita líquida de R$ 8,4 bilhões em 2018, registrando uma queda de 8,4%. A operadora perdeu 7,2% de sua base de clientes (unidades geradoras de receitas) ao longo do ano.
Em se tratando de serviços fixos em geral — ou seja, incluindo os clientes empresariais — a operadora recuou 11,7% em relação a 2017. Ela diz que o segmento é impactado negativamente por conta da queda do tráfego de voz.
A telefonia fixa teve a maior participação na receita, e também o maior recuo: foram R$ 8,2 bilhões durante o ano, valor que é 10,4% menor se comparado a 2017. A operadora também teve queda na receita de banda larga fixa, com decréscimo de 5,3%. Enquanto isso, a TV paga aumentou seu faturamento em 6,1%.
O ARPU (receita média por usuário) apresentou alta de 0,5%, indo de R$ 79,60 para R$ 80,00. A operadora continua na estratégia de oferecer combos de vários serviços e fidelização da base. Ela admite que sua base atual de banda larga é quase que totalmente via acessos de cobre, não fibra.
A operadora promete investir mais em fibra óptica para se livrar dos males da recuperação judicial, para reconquistar os clientes que foram perdidos para os pequenos provedores, e para aumentar a receita de serviços fixos.
Falando em fibra, a operadora diz que terminou o ano de 2018 com 92 mil clientes com a tecnologia, e o plano de expansão consiste em fechar 2019 com 62 cidades e 2,2 milhões de residências home-passed. Ela aposta no reuso das suas fibras de transporte, que conectam redes e sub-redes, para oferecer serviços via FTTH.
Na parte de mobilidade pessoal, a Oi sofreu queda de 5,2% na receita líquida. Os serviços B2B também tiveram decréscimo de 2,8% na receita comparando com o ano anterior. A operadora culpa a queda no tráfego de voz dos serviços móveis.
A Oi encolheu sua base de clientes móveis em 4,4%, fechando o ano com 35,03 milhões de usuários. Desse número, 27,2 milhões são linhas pré-pagas, sobrando 7,7 milhões de linhas pós-pagas. A operadora conseguiu aumentar o ARPU em 1,7%, tendo gasto médio por usuário de R$ 16,24.
Ela fechou o ano de 2018 com 3.446 municípios cobertos com cobertura 2G, 1.664 municípios com 3G e 902 municípios com 4G. A Oi aposta no refarming das frequências de 1,8 GHz e 2,1 GHz para expansão da cobertura 4G e 4,5G.