Pix passa dinheiro e cartão como meio de pagamento mais usado no Brasil

Pix já é mais utilizado que dinheiro em espécie e cartões de débito ou crédito para pagamentos; uso de dinheiro em espécie continua alto, porém

Emerson Alecrim

O Pix entrou em vigor em novembro de 2020. Quatro anos depois, a modalidade se tornou o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, estando à frente do dinheiro em espécie, do cartão de débito e do cartão de crédito.

É o que mostra a pesquisa O brasileiro e sua relação com o dinheiro, divulgada nesta semana pelo Banco Central. O levantamento aponta que 76,4% da população brasileira é adepta do Pix, sendo que, para 46,1%, a modalidade é a preferida entre todas as opções de pagamento.

Trata-se de uma evolução notável em relação à edição anterior da pesquisa, feita em 2021. Nela, o Pix era utilizado como meio de pagamento por 46,1%, com o dinheiro em espécie ficando à frente com 83,6% de adesão. Hoje, o pagamento em cédulas e moedas caiu para 68,9% da população.

O ranking de adesão aos meios de pagamento pelos brasileiros em 2024 ficou assim:

  1. Pix: 76,4%
  2. Cartão de débito: 69,1%
  3. Dinheiro em espécie: 68,9%
  4. Cartão de crédito: 51,6%
  5. Débito automático: 32,8%
  6. Outras formas de transferência (como TED): 15,8%
  7. Vale-refeição ou alimentação: 14,7%
  8. Outros meios: 0,2%

O ranking acima informa a adesão aos meios de pagamentos pelos brasileiros independentemente da frequência de uso de cada opção. Mas o Banco Central também perguntou aos entrevistados qual o seu meio de pagamento usado com mais frequência. Ficou assim:

  1. Pix: 46,1%
  2. Dinheiro em espécie: 22%
  3. Cartão de débito: 17,4%
  4. Cartão de crédito: 11,5%
  5. Débito automático: 1,6%
  6. Vale-refeição ou alimentação: 0,9%
  7. Outras formas de transferência (como TED): 0,5%

A pesquisa foi feita com 2.000 pessoas entrevistadas entre 28 de maio e 1º de julho de 2024. O seu nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,1%.

Dinheiro em espécie ainda é bastante usado

Uma observação feita pelo Banco Central é a de que o uso de dinheiro em espécie para pagamentos continua expressivo, ainda que tenha diminuído após o surgimento do Pix. O estudo revela que 67,6% das mulheres e 70,5% dos homens utilizam cédulas e moedas em pagamentos.

O dinheiro em espécie prevalece entre a população com baixa renda. 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos por mês são adeptas da modalidade, com essa proporção caindo para 69% entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos.

A população idosa também é um pouco mais adepta do dinheiro em espécie. O levantamento mostra que a modalidade é utilizada por 72,7% das pessoas com 60 anos ou mais, ficando em 68,6% entre aqueles na faixa etária de 16 a 24 anos.

É provável que a próxima pesquisa mostre números ainda mais favoráveis ao Pix, porém. Isso porque a modalidade continua evoluindo. Como exemplo, levemos em conta que o Banco Central trabalha para tornar o Pix por aproximação oficial em 2025. Essa opção tende a tornar pagamentos via Pix em estabelecimentos físicos mais rápidos.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Foi reconhecido nas edições 2023 e 2024 do Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.