Polícia prende 29 suspeitos de roubar R$ 3 milhões via golpes de WhatsApp
Polícia Civil de Goiás diz que criminosos, que se passavam por parentes e pediam dinheiro no WhatsApp, fizeram cerca de 2 mil vítimas
Polícia Civil de Goiás diz que criminosos, que se passavam por parentes e pediam dinheiro no WhatsApp, fizeram cerca de 2 mil vítimas
Uma quadrilha que aplicava golpes no WhatsApp usando contas falsas para se passar por parentes de vítimas foi alvo de uma operação das Polícias Civis de Goiás e São Paulo. Na manhã de terça-feira (5), policiais cumpriram 31 mandados de prisão contra o grupo criminoso e prenderam 29 suspeitos. De acordo com a investigação, os golpistas causaram um prejuízo estimado em R$ 3 milhões em decorrência das fraudes.
A Operação 2 Face — o nome é em alusão à expressão inglesa “two face” — mobilizou 300 agentes em Goiás, Roraima, Pará e Minas Gerais. Dos 31 mandados de prisão, 29 foram cumpridos apenas no estado goiano.
Segundo a polícia, a quadrilha passou a atuar em Presidente Prudente (SP) em agosto de 2021 por meio de um esquema de fraude: os criminosos obtinham fotos de redes sociais e contas de mensageiro de parentes das vítimas. Em seguida, cruzavam informações para abordar um familiar próximo, dizendo que houve uma troca de número de celular, e pediam para que fosse feita uma transferência bancária. O motivo era um suposto problema no aplicativo do banco.
Após sete meses de investigação, a polícia desvendou quem estava por trás do esquema que dava golpes no WhatsApp.
Em comunicado, a Polícia Civil de Goiás cita que isso só foi possível graças a “atos legítimos autorizado pela Justiça” e pareceres do Ministério Público de SP (MP-SP). Agentes cruzaram informações abertas e sigilosas para obter 41 mandados de prisão preventiva; 56 mandados de busca domiciliar; e bloqueios e sequestros de contas com base em 41 CPFs. Além disso, foram confiscados criptoativos em 10 contas ilícitas.
As autoridades dizem que cerca de 2 mil pessoas de todo o Brasil foram vítimas do golpe no WhatsApp. Apesar de concentrar sua atuação em Goiás, a quadrilha cometia fraudes principalmente em São Paulo: foram 604 ocorrências desse tipo registradas no estado.
Todos os suspeitos presos na Operação 2 Face irão permanecer nos estados de origem. Eles serão indiciados por estelionato eletrônico, falsidade ideológica, integração em organização criminosa, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
O Tecnoblog já mostrou como esse tipo de golpe usa engenharia social. Geralmente, o contato dos criminosos é feito com parentes próximos que não pensam duas vezes antes de fazer transferências para o filho, mãe ou pai pelo WhatsApp.
Para se prevenir contra esse tipo de armação, a recomendação é evitar fazer transferências e expor dados pessoais após pedidos feitos por mensagens online. Em último caso, tente manter a calma e avaliar se a escrita do pedido de transferência é parecida com a do parente ou amigo em questão. Você pode pedir um print, foto ou outra prova de que a pessoa que está do outro lado da conversa é conhecida e não um criminoso.
Com informações: g1