Starlink revela preços de assinatura e equipamentos no Brasil
Starlink cobra mensalidade de R$ 530 pelo serviço e mais de R$ 3 mil em equipamentos, frete e manuseio. Com impostos, o custo do primeiro ano para o brasileiro supera os R$ 11 mil
A tão esperada operadora de internet via satélite de Elon Musk, a Starlink, acabou de ter seus preços revelados para o mercado brasileiro. O serviço sairá caro para nós, chegando a custar cerca de R$ 11.480 no ano inicial, considerando o equipamento. No entanto, a promessa de uma cobertura global, focada em áreas remotas, segue sendo o grande objetivo do projeto que vai chegar ao Brasil em 2023.
Após mais de um ano com CNPJ aberto no Brasil, a Starlink só foi receber a autorização da Anatel para a exploração de satélites no final de janeiro. Até agora, não tínhamos muitas informações sobre quanto custaria o serviço por aqui. Em fevereiro do ano passado, a Starlink iniciou sua pré-venda no Brasil, cobrando US$ 99 pela reserva da internet via satélite.
Na época, a companhia enviou e-mails aos interessados e afirmou que o pagamento da reserva iria garantir um lugar na fila de espera pelo serviço no Brasil. Agora, o site da empresa já mostra os valores em reais para serviços e equipamentos no país.
- Mensalidade do serviço: R$ 530,00
- Equipamentos (Importados): R$ 2.670,00
- Frete e manuseio: R$ 365,00
Como apontou Thiago Ayub, Diretor de Tecnologia na Sage Networks, em uma publicação no Twitter, os valores ainda devem incluir impostos. Com base no cálculo de imposto da Receita Federal, a taxa é de 60% sobre o valor total de equipamentos e frete. Nesse caso, a estimativa é de que o custo total do primeiro ano junto ao investimento no equipamento fique cerca de R$ 11 mil.
O preço salgado do equipamento, tabelado em US$ 499 pela antena, ainda é o resultado de diversas reduções de custo bancadas pela empresa. Em abril de 2021, Gwynne Shotwell, presidente da SpaceX, afirmou que a companhia tem um prejuízo de aproximadamente US$ 1 mil na venda de cada unidade de hardware, já que o custo de produção segue sendo muito alto.
Starlink competirá com outras operadoras via satélite
Vale lembrar algumas coisas. O próprio Elon Musk já disse em meados do ano passado que o serviço da Starlink não é para todos. Para o CEO da Tesla e SpaceX, seu projeto de internet via satélite deve contemplar algo entre 3% e 5% da população mundial e quem ainda não tem qualquer conexão com a internet. Na época, ele explicou que a Starlink chega para complementar o 5G e a fibra óptica com sua promessa de cobertura global.
Afinal não há porque contratar a internet Starlink nos centros urbanos. Os preços da internet via satélite não podem competir com os planos de operadoras padrão que já temos no Brasil. A Vivo, por exemplo, cobra R$ 99 mensais no plano de 200 Mb/s.
No entanto, as coberturas de internet cabeada tradicional e fibra óptica ainda estão longe de contemplar todo o território brasileiro. Nesse sentido, a Starlink chegará no ano que vem para competir com outras empresas fornecedoras de internet via satélite, como Hughesnet e Viasat.