Tela do Galaxy Z Flip apresenta resistência semelhante ao plástico
Novo celular dobrável da Samsung possui tela de "vidro ultrafino", mas risca com facilidade e pode ser perfurado
Novo celular dobrável da Samsung possui tela de "vidro ultrafino", mas risca com facilidade e pode ser perfurado
O Galaxy Z Flip chegou rápido ao mercado e os primeiros testes de resistência também. Zack Nelson, do JerryRigEverything, resolveu torturar a tela do lançamento da Samsung para ver se ela é tudo isso mesmo — afinal, diferente dos dobráveis lançados até agora, o novo celular possui um painel revestido com “vidro ultrafino”, não plástico, segundo a fabricante. Mas os resultados não foram muito animadores.
Em seu site, a Samsung utiliza a chamada “É vidro. Mas é flexível” para se referir à tela do Galaxy Z Flip. A empresa continua: “Conheça a primeira tela de vidro flexível em um Galaxy. Sim, dissemos vidro flexível. Feito com a tela de vidro ultrafino da Samsung, ele permite uma visão épica com uma tela plana lisa”. A frase “dobra as leis da física” também foi citada em comunicado oficial.
No entanto, a resistência do novo vidro flexível do Galaxy Z Flip se mostrou basicamente a mesma das telas de plástico: Nelson conseguiu marcar o display com a ponta de sua unha, como aconteceria em um Galaxy Fold ou Motorola Razr. E os riscos começaram a aparecer com objetos de dureza 2 na escala Mohs — em telas de vidro comuns, o esperado é que isso ocorra somente a partir do nível 6.
Ele também coloca em xeque a existência de uma tela de “vidro” no Galaxy Z Flip, já que o painel se comporta como se fosse de plástico: marcas permanentes ficam na tela após queimá-la com um isqueiro; além disso, é possível perfurar o painel com um objeto pontiagudo, o que faz com que linhas de pixels inteiras parem de funcionar no display OLED, mas não causa nenhum estilhaçamento de vidro.
Ainda que a Samsung não tenha dito com todas as palavras que sua nova tela seja mais “resistente” ou “durável” que a dos dobráveis com revestimento de plástico, os resultados podem decepcionar quem esperava que uma tela de vidro tivesse as mesmas propriedades de uma tela de… vidro. Segundo Nelson, o mais provável é que a Samsung tenha utilizado um composto de vidro e polímero no Galaxy Z Flip.
Apesar dos problemas com a tela, o Galaxy Z Flip foi até bem nos outros testes: a dobradiça com fibras de nylon que evitam a entrada de poeira no aparelho se mostrou eficiente, corrigindo um defeito do primeiro Galaxy Fold. E, mesmo forçando a abertura no sentido contrário, a tela dobrável não parou de funcionar, nem passou a fazer rangidos como no Motorola Razr.
O Tecnoblog procurou a Samsung para comentar o material utilizado na tela do Galaxy Z Flip. Também questionamos a política de troca de tela no Brasil em caso de danos — nos Estados Unidos, o primeiro reparo sairá por US$ 119, repetindo uma estratégia utilizada no lançamento do Galaxy Fold para trazer mais confiança aos compradores. A empresa emitiu o seguinte comunicado:
O Galaxy Z Flip apresenta um Infinity Flex Display com o Samsung Ultra Thin Glass (UTG) que oferece um design elegante e premium além de uma experiência de visualização imersiva. A primeira tecnologia UTG da Samsung é diferente de outros dispositivos flagship da linha Galaxy. Enquanto a tela dobra, ela deve ser manuseada com cuidado.
O Galaxy Z Flip possui uma camada protetora semelhante ao Galaxy Fold. A nova tela de vidro dobrável do Galaxy Z Flip também passou por todos os protocolos de teste e fabricação que atendem às diretrizes de qualidade da Samsung e de parceiros, para garantir que os usuários tenham a melhor experiência possível.
O Galaxy Z Flip começou a ser vendido nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Espanha, França e outros países na sexta-feira (14). No Brasil, seu lançamento também será rápido: ele chegará às lojas no dia 11 de março, com preço sugerido de R$ 8.999, nas cores preto e violeta. O outro dobrável da Samsung, o Galaxy Fold, continua sendo vendido por salgados R$ 12.999.
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