Estes aplicativos são como o Uber, só que para jatinhos
PrivateFly, JetSmarter e Ubair permitem aos usuários agendar e viajar com jatos particulares
Enquanto a Uber enfrenta problemas na justiça em vários países, inclusive no Brasil, outras companhias fazem sucesso com um modelo de negócio parecido. JetSmarter, Ubair e PrivateFly são três startups que ajudam os usuários a agendar voos com jatos particulares.
A partir de aplicativos para celulares ou sites, essas empresas deixam as viagens com jatinhos mais transparentes, baratas e rápidas de agendar. Antes, era necessário reservar a aeronave a partir de um corretor ou agências, processo que leva dias e precisa de inúmeros documentos. Uma burocracia sem fim.
Essa irritação com o modelo de negócios fez que usuários criassem alternativas. Justin Sullivan, presidente da Ubair, disse que a startup tem a “cara nova de uma empresa antiga”, referência à oferta de serviços já existente, de uma maneira nova. Impossível não notar a brincadeira com o Uber no nome da empresa.
A Ubair cria espaço para donos de jatos colocarem-os à disposição no serviço, que os oferece para os usuários num agendamento fácil. Sullivan estima que o proprietário de um jato de oito lugares pode ganhar até US$ 20 mil por mês, ou voar 12 a 15 horas por mês de graça.
Em outra empresa, a JetSmarter, um voo de Los Angeles para Las Vegas gira em torno de US$ 3,8 mil em um avião de três lugares, então três amigos podem dividir o valor e viajar por US$ 1,3 mil sem enfrentar filas e problemas com companhias aéreas.
Com a PrivateFly, as opções de voo podem ficar mais baratas, já que o aplicativo avalia milhares de opções e oferece a melhor para o cliente, o que ajuda a fornecedores a abaixar o preço já que o negócio ficou mais competitivo. A empresa também detém o recorde de rapidez para disponibilizar uma aeronave: são 43 minutos para reservar e viajar, sem precisar pagar de antemão. Não foi à toa que cresceu 75% nos últimos 3 meses e chegou a faturar US$ 16,2 milhões no último ano.
Diversificação da economia compartilhada
Adam Twidell, diretor-executivo da PrivateFly, conta à BBC que esse modelo de negócios, de “dar ao cliente o poder de comparar os preços diretamente do fornecedor e tornar o serviço o mais eficiente possível para todos os envolvidos”, não é novo. Ele só o aplicou no setor de jatos particulares, como as duas outras empresas.
De fato, no Vale do Silício já virou piada se referir à algumas startups como “É tipo o Uber, só que para…”. No Brasil, a Airbnb funciona com esse modelo disruptivo: são oferecidos quartos, apartamentos ou até casas inteiras durante curta temporada para aluguel em um site.
Caso você tenha muito dinheiro e ache um jato disponível, poderá agendá-lo com os aplicativos da JetSmarter para iOS ou Android. A Ubair só tem aplicativo para iOS e a PrivateFly mostra informações mais completas no site.
(Esperando os protestos da categoria de táxis aéreos.)