Uber promete 100% de viagens em carros elétricos até 2040
Mudança deverá acontecer primeiro em EUA, Canadá e Europa, onde a Uber pretende utilizar somente carros elétricos até 2030
Mudança deverá acontecer primeiro em EUA, Canadá e Europa, onde a Uber pretende utilizar somente carros elétricos até 2030
A Uber anunciou nesta terça-feira (8) seu plano para zerar a emissão de carbono durante as viagens realizadas por seus parceiros em todo o mundo. A empresa definiu a meta de fazer 100% das corridas com carros elétricos até 2040. O plano deve ser concluído antes nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa, onde a empresa pretende dispensar o combustível fóssil até 2030.
Para estimular a transição entre os motoristas, a companhia vai pagar um valor mais alto para quem transporta passageiros com carros elétricos. Batizado de Uber Green, o valor adicional já começou a ser pago em cerca de 15 cidades nos EUA e no Canadá, e deverá chegar a 65 cidades em diversos países até dezembro. O benefício será oferecido por meio de uma taxa extra cobrada dos usuários.
Os passageiros poderão optar por pagar US$ 1 a mais para garantirem que farão o trajeto em um carro elétrico ou híbrido. A plataforma espera incentivar os usuários ao oferecer o triplo de pontos no programa de fidelidade Uber Rewards — em vez do dobro, como acontece em viagens convencionais. Os motoristas, por sua vez, ganharão US$ 0,50 a mais caso tenham veículos híbridos e US$ 1,50 em caso de veículos elétricos.
“Acreditamos que podemos atingir essa meta de 2030 em qualquer cidade importante onde possamos trabalhar com as partes interessadas locais para implementar políticas que garantam uma transição justa aos veículos elétricos para motoristas”, afirmou o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi. “Além de nossas metas de plataformas, também estamos comprometidos em zerar as emissões de nossas operações corporativas até 2030”.
Em seu comunicado, a Uber indicou que, até 2025, vai investir US$ 800 milhões para ajudar motoristas nos EUA, no Canadá e na Europa a migrarem para carros elétricos. A companhia anunciou ainda que trabalhará com montadoras como General Motors, nos EUA e no Canadá, e Renault-Nissan, no Reino Unido, na França, na Holanda e em Portugal, além de locadoras de veículos e empresas de estações de recarga de veículos para facilitar a mudança entre seus parceiros.
A decisão de adotar carros elétricos em suas viagens é anunciada meses após uma pesquisa indicar que as viagens em serviços como a Uber geram mais poluição do que outros meios de transporte. Segundo a Union of Concerned Scientists (UCS), as viagens nessas plataformas geram, em média, 69% mais gases nocivos que ônibus e bicicletas, por exemplo.
O problema envolve o chamado deadheading, termo dado aos períodos em que o motorista está circulando à espera de um passageiro. A pesquisa indicou ainda que, em vez de substituir os carros particulares, os serviços como a Uber estão levando as pessoas a deixarem de realizar trajetos a pé, de bicicleta ou com transporte público.