Virgin Mobile chega ao Brasil em 2013 como operadora virtual

Foco em planos e serviços para consumidores jovens.

Lucas Braga
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• Atualizado há 6 meses

Atenção, leitores: o Brasil deve receber uma nova operadora. A partir do ano que vem, a Virgin Mobile desembarcará no nosso país e irá oferecer um novo serviço de telefonia móvel. A proposta da Virgin é ser uma operadora voltada ao público jovem. Assim, considerando o atual cenário da telefonia móvel brasileira, é de se esperar planos pré-pagos e controle, com ofertas em minutos e pacotes de dados.

A operadora já possui operações em 10 países: África do Sul, Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Catar e Singapura. A operação no Chile é recente: a rede foi inaugurada há 6 semanas. O foco atual da operadora é a América Latina, que começou pelo Chile. O próximo país a receber a Virgin é a Colômbia e, em seguida, o Brasil.

Virgin Mobile: em breve, no Brasil

Entretanto, há um pequeno detalhe: saiba que a Virgin não terá suas próprias antenas, uma malha de fibras ópticas ou estações repetidoras. Ela será uma OMV, sigla de operadora móvel virtual.

O que é uma OMV?

Conhecidas no resto do mundo como MVNOs, as operadoras virtuais alugam a infraestrutura das operadoras já existentes para realizar suas operações. Normalmente, as operadoras virtuais atuam em nichos de mercado onde as outras telecoms não têm interesse em manter sua atuação. Apesar de não ter que se preocupar com redes e equipamentos, as operadoras virtuais precisam uma estrutura comercial e de atendimento, além de, é claro, estratégia.

No caso da Virgin, todas as suas operações são virtuais. Na Austrália, por exemplo, a infraestrutura física é da operadora Optus. Nos Estados Unidos, da Sprint. No Chile, a operadora madrinha é a Movistar, irmã da Vivo brasileira. Com isso, a probabilidade da Vivo ser a operadora responsável pela rede da Virgin é bem grande, apesar da telecom estar em negociação com todas as operadoras.

Com o atual cenário da telefonia móvel brasileira, é difícil encaixar uma operadora utilizando as infraestruturas atuais. Hoje em dia, a qualidade do serviço já não é das melhores, e colocar outra operadora no meio pode piorar a situação. Calma, não acontecerá um caos nas comunicações: a partir do momento em que as operadoras físicas abrem espaço para operadoras virtuais, há metas de qualidade a serem cumpridas, cobradas tanto pelas OMVs como pela Anatel.

Pioneira no Brasil

No Brasil, ainda não há nenhuma OMV em operação. Algumas empresas (Pão de Açúcar, Carrefour, Banco do Brasil, GVT, Abacomm e Spring Wireless) já posicionaram um certo interesse pelo modelo de negócio. Já há um contrato fechado: em fevereiro do ano passado, a seguradora Porto Seguro firmou uma parceria com a TIM para ser a primeira operadora virtual no país. Entretanto, pelo andar da situação, parece que é mais fácil a Virgin Mobile (que tem muita experiência no assunto) chegar antes.

Eu considero as OMVs como um excelente negócio: é bom para as operadoras físicas, que alugam a sua rede e não têm concorrência direta. É bom para as operadoras virtuais, que conseguem enxergar oportunidades onde os atuais players não enxergam. E é bom para os consumidores, que possuem mais uma opção de serviço. No exterior, o modelo de negócio é um sucesso: até redes de supermercados tem sua própria operadora.

E você? O que acha dessa ideia de operadoras virtuais?

Com informações: Teletime

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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