O caso do WhatsApp clonado foi parar na Polícia Federal: os agentes deflagraram na terça-feira (17) a Operação Swindle (fraude, em inglês), para desarticular um grupo que clonava números de celular para se passar por outras pessoas e aplicar golpes pelo aplicativo de mensagens.
O golpe atingiu até mesmo integrantes do alto escalão do governo federal, como os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Osmar Terra (Desenvolvimento Agrário) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Mais de 20 deputados federais também foram alvo dos criminosos.
A técnica consiste em acessar sistemas das operadoras que permitem transferir o número para um chip ao qual os criminosos têm acesso. Depois, a conta do WhatsApp é migrada para um novo aparelho, mantendo o nome e a foto de perfil da vítima. Então, eles pedem aos contatos próximos que transfiram dinheiro para uma determinada conta. Ao atenderem o pedido, estão dando dinheiro para os fraudadores.
Para desarticular o grupo, a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nos Estados do Maranhão e Mato Grosso do Sul expedidos pela Justiça Federal em Brasília. “Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa”, diz a PF.
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