WhatsApp e Facebook são bloqueados por governo militar de Mianmar

Após golpe de Estado, governo pede o bloqueio das plataformas e alega que o Facebook contribui para o clima de instabilidade no país

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Facebook e WhatsApp (Imagem: Robert Cheaib/Pixabay)
Facebook e WhatsApp (Imagem: Robert Cheaib/Pixabay)

Após o golpe de Estado em Mianmar, na última segunda-feira (1º), o novo governo militar enviou ordens para que as empresas de telecomunicações locais bloqueiem o Facebook e o WhatsApp até a meia-noite do dia 07 de fevereiro. As autoridades de Mianmar alegam que a rede social de Mark Zuckerberg contribui para a instabilidade no país.

De acordo com usuários da comunidade de Mianmar no Reddit, o Facebook ficou inacessível já nesta quarta-feira (03) para muitas pessoas. Além disso, segundo o TechCrunch, a operadora estatal MPT também bloqueou o Messenger, Instagram e WhatsApp.

O novo governo usou uma seção da lei de telecomunicações do país para justificar a ação como sendo um ato em “maior benefício público e do Estado”.

Facebook promete investir em medidas de moderação

Apesar do clima de tensão na região, em decorrência do golpe militar, as acusações contra o Facebook são antigas. Há alguns anos, a rede social é cobrada por não entregar esforços suficientes para conter a propagação de desinformação que gerou ondas de violência no país.

Em um comunicado, um porta-voz do Facebook afirmou estar ciente do bloqueio, mas explicou que a empresa estava em contato com as autoridades para restabelecer a conectividade. De acordo com o BuzzFeed News, a plataforma se comprometeu a investir em medidas de moderação de conteúdo para Mianmar, por se tratar de um “local de alto risco temporário”.

Nos últimos dias, os protestos contra o golpe crescem nas redes sociais. No próprio Facebook, diversos usuários mudaram suas fotos de perfil para retratos da líder Aung San Suu Kyi ou para a cor vermelha, simbolizando o partido Liga Nacional pela Democracia. A suspensão do Facebook, neste momento, contribui para abafar as convocações de campanhas de desobediência civil apoiadas, inclusive, por médicos que estavam na linha de frente do combate à COVID-19 no país.

Cabe lembrar que outras interrupções no sinal de internet e na conexão de rede celular foram reportadas poucas horas após a tomada de poder do novo governo.

Com informações: TechCrunch

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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