WhatsApp usa stories e anúncios em jornal contra fuga de usuários
WhatsApp recorre a stories e à veiculação de anúncios em jornais da Índia para conter fuga de usuários devido às novas regras
WhatsApp recorre a stories e à veiculação de anúncios em jornais da Índia para conter fuga de usuários devido às novas regras
O WhatsApp não se limitou à internet em sua estratégia para conter a fuga de usuários. Além de stories, os responsáveis pelo mensageiro estão veiculando anúncios em jornais da Índia após o aumento nos números de downloads e usuários de outros apps, como Signal e Telegram, devido à polêmica envolvendo a nova política de privacidade.
A ação chega justamente para desenlaçar o nó causado pelo imbróglio envolvendo a nova política de privacidade. Na Índia, por exemplo, os responsáveis pelo mensageiro recorreram aos jornais impressos do país a fim de dar mais explicações sobre as suas regras de privacidade e conter a saída de usuários do aplicativo.
Segundo a Reuters nesta quinta-feira (14), o WhatsApp anunciou em dez jornais indianos, com o título “o WhatsApp respeita e protege a sua privacidade”, em tradução livre. A operação da semana passada chegou ao custo de dezenas de milhões de rúpias.
Os anúncios acontecem após o crescimento significativo de mensageiros concorrentes no país. Segundo a consultoria Sensor Tower, o número de downloads do Signal subiu de 15 mil para 7,1 milhões entre 5 e 12 de janeiro, enquanto o Telegram registrou um aumento de 40%. O WhatsApp, por sua vez, teve queda de 30%.
O impacto é sentido, também, em outras regiões. No último dia 10, os dois mensageiros rivais dispararam em dezenas de países na App Store e Google Play Store. Além disso, no dia 12, o Telegram anunciou que alcançou a marca de 500 milhões de usuários.
Esta não é primeira vez que a equipe do mensageiro recorre aos jornais indianos. A agência de notícias ainda lembra que, há dois anos, os responsáveis pelo aplicativo de mensagens também apelaram aos anúncios após críticas por não agir suficientemente para combater a desinformação compartilhada dentro do app.
Além dos jornais impressos, a estratégia também utiliza os stories para conter a saída de usuários. A sequência é composta por quatro imagens, sendo a primeira com os dizeres “estamos comprometidos com a sua privacidade” (em tradução livre), a fim de esclarecer os novos termos.
“O WhatsApp não pode ler ou ouvir suas conversas pessoais pois elas são criptografadas de ponta a ponta”, diz uma das imagens compartilhadas pela companhia. Na campanha, o mensageiro ainda afirma que não tem acesso à localização compartilhada pelo usuário e não compartilha os contatos com o Facebook.
As ações e a debandada ocorrem após a chegada dos novos termos de privacidade a serem aceitos até 8 de fevereiro, o que gerou polêmica. Nos últimos dias, o WhatsApp chegou até a reagir à confusão ao publicar um FAQ (perguntas e respostas) sobre as regras, onde a empresa explica que não consegue ler e ouvir as conversas e mais.
Devido à nova política, o WhatsApp tornou-se alvo de uma investigação na Turquia, além de questionamentos na Índia e Itália. No Brasil, órgãos como a Senacon e o Procon-SP também pediram explicações ao mensageiro.
No último dia 15, sexta-feira, o WhatsApp optou por adiar o prazo para declarar o aceite às novas regras de 8 de fevereiro para 15 de maio de 2021.
“Agora estamos retrocedendo a data em que as pessoas serão solicitadas a revisar e aceitar os termos. Ninguém terá sua conta suspensa ou excluída em 8 de fevereiro”, anunciaram. “Também faremos muito mais para esclarecer a desinformação sobre como a privacidade e a segurança funcionam no WhatsApp”.
Com informações: Android Police e Reuters