Windows 11 coloca aviso na área de trabalho se seu PC for incompatível

Versão de teste do Windows 11 mostra marca d'água na área de trabalho em PC que não atende aos requisitos mínimos do sistema

Emerson Alecrim
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Marca d'água sobre requisitos não atendidos no Windows 11 (imagem: The Verge)

O Windows 11 foi desenvolvido para rodar em PCs recentes, mas não é impossível instalá-lo em computadores antigos. O problema é que isso pode fazer determinados recursos não funcionarem corretamente. Talvez isso explique a decisão da Microsoft de inserir uma marca d’água na área de trabalho para “lembrar” o usuário de que a sua máquina não atende aos requisitos mínimos do sistema operacional.

A marca d’água começou a ser testada em fevereiro, mas só agora está chegando à última versão release preview do sistema (compilação 22000.588) para quem participa do programa de testes Windows Insider.

O aviso, fixado no canto inferior direito da área de trabalho, descreve o seguinte (em tradução livre): “Requisitos do sistema não atendidos. Vá às Configurações para saber mais”.

Trata-se de um aviso que lembra, até certo ponto, o alerta que o Windows exibe quando a licença de uma instalação do sistema operacional não foi ativada. Mas esta tem o intuito de fazer o usuário regularizar a licença. O alerta do Windows 11 sobre requisitos não atendidos seria, então, uma tentativa de convencer o usuário a trocar de computador?

A Microsoft não explicou os motivos, mas podemos fazer algumas suposições.

Por que essa marca d’água agora?

Você pode conferir uma lista de processadores suportados pelo Windows 11 aqui, mas, basicamente, o sistema operacional exige um chip Intel de 8ª geração ou superior, ou um chip AMD com arquitetura Zen+/Zen 2 ou superior, além de um módulo de segurança TPM.

Na ausência desses itens, o Windows 11 até pode ser instalado, mas não há garantias de que tudo funcionará corretamente ou de que o sistema operacional receberá atualizações regulares.

Em outras palavras, a Microsoft permite o uso do Windows 11 em máquinas que não atendem aos requisitos mínimos, mas em clima de “é por sua conta e risco”.

Com base nisso, podemos imaginar pelo menos duas possibilidades para justificar a marca d’água: a Microsoft quer lembrar o usuário de que é isenta de responsabilidade nessa instalação ou simplesmente criou mais uma desvantagem para quem insiste em migrar para a nova versão em um computador lançado antes de 2017.

Até o momento, não há nenhuma configuração no sistema capaz de desabilitar a marca d’água. O recurso pode ser desativado apenas com um ajuste no Registro do Windows.

Com informações: The Verge.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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