Xiaomi adquire empresa Deepmotion de software para carros autônomos
Xiaomi compra startup de direção assistida por US$ 77 milhões; negócio faz parte de plano de US$ 10 bilhões para desenvolver carro elétrico
Já faz um tempo que ouvimos falar sobre os investimentos da Xiaomi para desenvolver um carro elétrico próprio. Agora, estamos vendo alguns passos mais concretos dessa iniciativa. A empresa comprou a Deepmotion, startup chinesa que desenvolve softwares de assistência de direção, por US$ 77,37 milhões (cerca de R$ 407 milhões de reais, em conversão direta).
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Pode até parecer muito dinheiro em um primeiro momento, mas é pouco perto do plano de investir US$ 10 bilhões em carros elétricos nos próximos dez anos. A ideia é constituir uma subsidiária para operar o negócio, com direito a pesquisa, desenvolvimento e fabricação próprios. O CEO do novo braço será Lei Jun, que também comanda a Xiaomi.
O campo de carros elétricos e autônomos é recente, mas já está ficando bastante concorrido com a chegada de novos players que estavam acostumados ao mercado de tecnologia. Além da Xiaomi, o Baidu também tem seu veículo do tipo, e o Apple Car é um rumor de longa data. Por enquanto, não há data prevista para vermos nenhum um desses nas ruas.
Xiaomi teve crescimento recorde em smartphones
O investimento em carros elétricos é ousado, mas o crescimento recente da Xiaomi certamente ajuda a bancá-lo. A empresa aproveitou o declínio da sua conterrânea Huawei após as sanções dos EUA para abocanhar uma fatia maior do mercado de smartphones.
E põe maior nisso: em listas trimestrais, ela é a segunda maior fabricante do mundo, e, nos rankings mensais, chegou a bater Apple e Samsung e ficar na liderança global pela primeira vez em julho.
Como você deve saber, a Xiaomi faz muita coisa além de smartphones: basta uma voltinha no site ou em uma Mi Store para você ver de tudo, de aspirador de pó a patinete elétrico. Em mercados como a Índia, ela oferece até mesmo serviços financeiros como empréstimos. Um carro elétrico seria uma adição e tanto a esse catálogo de produtos.
Com informações: Gizmochina, Mashable