Xiaomi e Huawei se unem para concorrer com Google Play Store
As chinesas Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo querem atrair mais desenvolvedores para suas lojas de aplicativos
As chinesas Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo querem atrair mais desenvolvedores para suas lojas de aplicativos
A Google Play Store tem a concorrência de outras lojas de aplicativos para Android, mas é dominante em todo o mundo, com exceção da China, onde é bloqueada. E, segundo a Reuters, é de lá que virá um novo rival, criado por Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo.
As empresas estão trabalhando no que é chamada de Global Developer Service Alliance (GDSA). Com o objetivo de enfrentar o Google, a iniciativa prevê a criação de um método para desenvolvedores levarem seus aplicativos de forma simultânea para as lojas das quatro fabricantes.
A solução simplificará a publicação de aplicativos e poderá fazer as empresas conseguirem uma parte da receita do Google com a sua loja de aplicativos. De acordo com a consultoria Sensor Tower, a plataforma faturou US$ 8,8 bilhões com apps, filmes e livros vendidos em 2019.
Para convencer os desenvolvedores a mudarem de loja, Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo prometem dar mais exposição aos aplicativos em suas lojas e cobrar uma comissão menor. A Google Play Store, por exemplo, fica com 30% do valor pago pelos usuários, o que chegou a afastar alguns parceiros.
Um dos casos mais conhecidos é o da Epic Games, que se recusou a levar Fortnite para a loja do Google e a Steam por conta das taxas. Em vez disso, a empresa decidiu lançar a versão do jogo para Android em seu próprio site e na loja da Samsung.
O fortalecimento das lojas de aplicativos ajudaria as quatro companhias chinesas a contornarem uma redução no ritmo das vendas de celulares. Para a Huawei, que lida com as sanções do governo dos Estados Unidos e não pode usar serviços do Google, a iniciativa é ainda mais relevante.
Em seu site, a GDSA sugere que a solução estará disponível em nove países, incluindo Índia, Indonésia, Rússia e Malásia. Ainda de acordo com a Reuters, ela estava prevista para ser lançada em março, mas o surto de coronavírus na China deverá afetar esse prazo.
Com informações: The Verge.