O que é VPN?

Descubra o que é VPN, sua função, como usar na navegação e se uma rede privada gratuita é tão boa quanto uma paga

Ronaldo Gogoni
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• Atualizado há 7 meses
Imagem - definição o que é VPN
O que é VPN (Imagem: Vítor Pádua/ Tecnoblog)

Muito se houve falar sobre VPN, mas nem todo mundo sabe efetivamente o que ela é, ou entende plenamente como essas redes privadas funcionam. Boa parte do público se atenta ao básico (acessar sites e serviços bloqueados por região, navegar sem ser rastreado), mas há uma série de pormenores aos quais o usuário precisa ficar atento. Continue a leitura para descobrir o que é VPN.

Uma VPN, ou Virtual Private Network, é literalmente o que o nome diz, uma rede privada virtual. Um serviço de rede intermediário opcional entre o usuário e a internet, que oferece ferramentas adicionais de criptografia e navegação sigilosa.

Em situações normais, toda vez que você se conecta à internet, você é identificado pelo seu número de IP, e boa parte de seus dados (excluindo os mais sensíveis) trafegam abertamente. Com uma rede privada, o usuário pode se proteger e não pode ser facilmente identificado. Trata-se de um serviço essencial para quem de fato não pode usar a Web normalmente, como dissidentes políticos ou profissionais de segurança.

Para o que uma VPN serve?

Essencialmente, uma VPN serve para impedir que o usuário seja identificado na internet. Ao se conectar em uma rede privada, este recebe um número de IP aleatório, que difere do seu próprio, e todos os seus dados de navegação, mesmo os mais banais, são totalmente criptografados, barrando operadoras de internet, governos e hackers.

Como posso usar uma VPN?

Uma vez que o usuário não pode ser identificado na internet por meios normais, é possível utilizar uma VPN para diversos fins. Originalmente, tais softwares oferecem segurança para profissionais ou indivíduos que não podem se expor normalmente na rede, mas também para os que precisam usar a internet como qualquer outra pessoa.

mulher segurando celular com o texto VPN
VPN oferece segurança para profissionais ou indivíduos que não podem se expor normalmente na rede. (Imagem: Petter Lagson / Unsplash)

Uma VPN pode também ser útil para permitir o acesso a serviços e produtos bloqueados em sua região, que não podem ser acessados normalmente.

Por exemplo, um dos usos mais populares é o de habilitar o acesso ao catálogo da Netflix de outros países no Brasil. A maioria de seus usuários o faz para ver filmes e séries só disponíveis nos Estados Unidos.

O mesmo vale para serviços que não chegaram a ser lançados aqui, como para habilitar a criação de contas de usuário de outras regiões em serviços que usam travas de localização, como a Google Play Store.

Neste caso, o usuário precisa utilizar a rede privada para criar a conta e para acessar os conteúdos de outros países. Sem a rede privada, o usuário verá apenas os apps, filmes e livros disponíveis na loja brasileira porque terá seu IP e localização reconhecidos.

Uma VPN robusta também é essencial para não se identificar ao acessar áreas restritas da internet, como a Deep Web e a Dark Web, dada a grande quantidade de pessoas mal intencionadas por lá, principalmente na segunda.

VPN gratuita ou paga?

Existem diversos tipos de serviços de VPN, cada um ligado a um software específico.

Há serviços de redes privadas pagos, oferecendo uma série de ferramentas e serviços essenciais e robustos o suficiente para garantir a confidencialidade dos dados e números de IP fora de listas de bloqueio. Bem mais difíceis de hackear e rastrear um usuário que opta por navegar em qualquer camada da Web, ainda que possível. Um exemplo de VPN paga é o CyberGhost.

No entanto, há também redes gratuitas, como a Opera VPN. Mas fica o alerta: embora as opções gratuitas consigam proteger a localização e os dados do usuário, não é totalmente livre de encargos. Apesar de muitas delas não cobrarem nada, boa parte desses serviços costumam coletar dados de navegação do usuário, e os vendem para grupos interessados para manterem-se ativos também financeiramente.

Com informações: Kaspersky, ExpressVPN

Ronaldo Gogoni

Ronaldo Gogoni

Autor

Ronaldo Gogoni é formado em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da Informação pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). No Tecnoblog, fez parte do TB Responde, explicando conceitos de hardware, facilitando o uso de aplicativos e ensinando truques em jogos eletrônicos. Atento ao mundo científico, escreve artigos focados em ciência e tecnologia para o Meio Bit desde 2013.

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