NTFS, FAT32 ou exFAT? Saiba a diferença entre os sistemas de arquivos do Windows
Sistemas de arquivos (como NTFS, FAT32 e exFAT) são estruturas que definem como dados serão salvos e organizados em unidades de armazenamento
Sistemas de arquivos (como NTFS, FAT32 e exFAT) são estruturas que definem como dados serão salvos e organizados em unidades de armazenamento
NTFS, FAT32 e exFAT são sistemas de arquivos criados pela Microsoft para definir como os dados serão armazenados e organizados no volume lógico de uma determinada unidade de armazenamento.
Cada um desses sistemas de arquivos tem suas peculiaridades e diferenças entre si, com base em fatores como compatibilidade, recursos e finalidades.
O NTFS, por exemplo, é mais recomendado para unidades de disco internas (como o HD) e em ambientes Windows. Já FAT32 e exFAT são mais voltados para dispositivos removíveis (como pen drive e cartão de memória), embora cada um tenha certas limitações.
A seguir, entenda melhor sobre o NTFS, FAT32 e exFAT, saiba quais as diferenças entre eles, e veja qual sistema de arquivos usar em determinadas situações.
Um sistema de arquivos é uma estrutura hierárquica utilizada por um sistema operacional que define como os dados serão armazenados e organizados no volume lógico de uma determinada unidade de armazenamento, como discos rígidos (HDD), unidades de estado sólido (SSD), pen drives e memórias flash.
A IBM descreve essa estrutura como uma espécie de árvore invertida, com as raízes na parte superior e galhos na parte inferior. Essa disposição permite uma organização de arquivos de forma hierárquica na unidade de disco, em que o diretório raiz figura no topo, e demais diretórios ou subdiretórios se ramificam a partir do tronco principal.
Exemplos dos principais sistemas de arquivos no âmbito da computação incluem NTFS, FAT32 e exFAT, que apresentam características distintas e, por consequência, são indicados para sistemas operacionais ou dispositivos específicos.
O NTFS é um acrônimo do termo “New Technology File System” (ou “Sistema de Arquivos de Nova Tecnologia”, em tradução livre). Desenvolvido pela Microsoft, o sistema de arquivo foi introduzido no ano de 1993 em sistemas operacionais baseados em Windows NT.
Sua usabilidade é predominantemente vista em unidades de disco internas e sistemas operacionais Windows, mas a maioria das distribuições Linux também têm suporte ao sistema de arquivos. Já o macOS somente lê dados de partições NTFS de forma nativa, exigindo softwares de terceiros para habilitar gravações na estrutura.
Importante destacar que as vantagens do NTFS em relação a outros sistemas de arquivos pode variar de uso para uso. Mas de modo geral, os benefícios do NTFS incluem:
Apesar de trazer recursos de segurança e ter a capacidade de operar com grandes arquivos e volumes, o NTFS também possui pontos negativos. Algumas das desvantagens desse sistema de arquivos inclui:
O FAT32 é uma versão do sistema de arquivos “File Allocation Table” (ou “Tabela de alocação de arquivos”, em tradução livre). Lançada em 1996, a estrutura foi introduzia pela Microsoft em computadores com Windows 95, e tinha como principal objetivo substituir o FAT16 (versão antecessora).
Comumente usado em dispositivos removíveis, o FAT32 suporta arquivos individuais de até 4 GB e pode endereçar até 2 TB de espaço em espaço de disco. E em um sistema de arquivos FAT32, os arquivos armazenados nos diversos blocos do disco rígido podem ser localizados por meio de uma tabela, que serve como “guia”.
O uso do FAT32 não é recomendado para todos os dispositivos de armazenamento, devido às suas limitações. Contudo, o sistema de arquivos apresenta benefícios, incluindo:
Mesmo que seja o sistema de arquivos padrão de muitos dispositivos de armazenamento pequenos e removíveis, o FAT32 tem suas limitações. As desvantagens de seu uso contemplam:
O exFAT é uma das versões do sistema de arquivos “File Allocation Table” (ou “Tabela de alocação de arquivos”, em tradução livre). Desenvolvido pela Microsoft, a estrutura foi introduzida em 2006 junto do Windows CE 6.0, e tinha o objetivo de ser uma versão melhorada do FAT32.
O sistema de arquivos exFAT é suportado em diversas versões de Windows, Linux e macOS, e o sistema de arquivos tornou-se comum em dispositivos de armazenamento removíveis mais modernos (como SSDs externos e cartões SD) por conta de sua simplicidade, compatibilidade e suporte a arquivos e volumes grandes.
Tido como evolução do FAT32, o exFAT surgiu com algumas melhorias em relação ao seu “antecessor”. Alguns dos benefícios abrangem:
O exFAT pode não ser a melhor opção de escolha, dependendo da finalidade e da unidade de armazenamento escolhida. As desvantagens do sistema de arquivos incluem:
O NTFS é voltado para dispositivos de armazenamento grandes e internos, com capacidade para atuar com arquivos e volumes maiores, além de ter suporte a recursos avançados, criptografia nativa e mais eficiência na recuperação de dados.
Já o FAT32 funciona melhor que o NTFS quando usado em dispositivos de armazenamento menores (como pen drives ou cartões de memória), apesar de suas limitações para transferir arquivos grandes (até 4 GB). E vale mencionar que o FAT32 tem compatibilidade mais ampla quando comparado ao NTFS.
O NTFS é comumente usado em unidades de armazenamento internas, e possui suporte para criptografia nativa e para recursos avançados como journaling e compactação.
Por outro lado, o exFAT é mais recomendado em dispositivos portáteis (como pen drives e SSDs externos), com capacidade similar à do NTFS de atuar com arquivos e volumes grandes, mas com maior compatibilidade.
O FAT32 tem compatibilidade mais ampla, incluindo sistemas operacionais e unidades de armazenamento mais antigas. O sistema de arquivos tem estrutura mais simples e tem limitações consideráveis para a transferência de arquivos.
O exFAT, por sua vez, é uma espécie de evolução do FAT32 e tem uso focado em dispositivos e sistemas operacionais mais modernos. E apesar de apresentar menos compatibilidade que o FAT32, suporta arquivos e volumes maiores, e dispõe de estrutura de diretórios melhorada.
A escolha por um determinado sistema de arquivos vai depender de fatores como compatibilidade e finalidades de uso de dispositivos. O exFAT e o FAT32, por exemplo, são suportados nativamente em diversas versões de Windows, Linux e macOS. O NTFS, por sua vez, exige softwares de terceiros para gravar dados no macOS.
Tratando-se de usabilidade, o NTFS é mais recomendado para discos rígidos (especialmente em ambientes Windows), por conta dos recursos de segurança, suporte a arquivos e volumes grandes, e eficiência na leitura e gravação de dados.
Já o uso do FAT32 é interessante para dispositivos de armazenamento removíveis (como pen drives ou cartões de memória) pela sua ampla compatibilidade. O exFAT também traz boa compatibilidade e funciona bem em dispositivos removíveis, podendo armazenar arquivos superiores a 4 GB.
A Microsoft recomenda a instalação do Windows em uma partição NTFS, uma vez que ele é o sistema de arquivos padrão para o sistema operacional da big tech. Além do suporte para arquivos e volumes grandes, o NTFS também suporta recursos avançados de permissões de arquivos e criptografia nativa.
Tecnicamente é possível instalar o Windows em unidades exFAT ou FAT32, mas alguns casos podem apresentar erros. Os dois sistemas de arquivos não são recomendados para Windows, já que não têm suporte para recursos avançados, não têm criptografia nativa e podem apresentar problemas de incompatibilidade e desempenho.
A opção mais comum para pen drives é o FAT32. O sistema de arquivos tem boa compatibilidade com dispositivos e sistemas operacionais, facilitando o uso do pen drive em diferentes ambientes. Além disso, o FAT32 atua bem em dispositivos de armazenamento menores.
Também é possível formatar o pen drive em NTFS ou exFAT, o que permitirá o armazenamento de arquivos grandes. Contudo, esses sistemas de arquivos podem apresentar problemas de incompatibilidade, dependendo do sistema operacional ou dispositivo usado na conexão com o pen drive.
Em geral, a escolha pelo FAT32 tende a ser a mais usada ao criar um pen drive bootável. Isso porque o sistema de arquivos possui compatibilidade mais ampla, sendo suportado nativamente pela maioria das distribuições Windows, Linux e macOS.
Contudo, pode-se usar o NTFS para ambientes Windows e para recursos avançados (como criptografia, compactação, entre outros) ou o exFAT se for necessário a atuação de arquivos grandes ou de armazenamentos de pen drives superiores ao suportados pelo FAT32.
O exFAT pode ser a melhor opção para um HD externo, já que o sistema de arquivos tem boa eficiência em unidades de armazenamento removíveis. O exFAT tem boa compatibilidade e apresenta limites de até 16 EB para arquivos e de 256 TB (recomendação da Microsoft) para volumes.
O NTFS também pode ser usado em um HD externo, já que suporta arquivos e volumes de até 8 PB e traz recursos de segurança mais complexos. Contudo, ele pode apresentar problemas de compatibilidade se o HD externo for conectado em dispositivos com diferentes sistemas operacionais.
Pode-se também formatar o HD externo em FAT32, mas a ação não é recomendada pela limitação do sistema de arquivos referente à gravação de dados com tamanho máximo de 4 GB, o que impede o manejo de arquivos mais robustos.
Sim. Contudo, pode ser necessário utilizar softwares de terceiros devido à falta de suporte nativo em alguns casos. O macOS, por exemplo, não suporta nativamente o NTFS. Algumas distribuições de Linux e macOS (que usam por padrão ext4 e APFS, respectivamente) também podem não suportar o NTFS, FAT32 ou exFAT.
Importante mencionar que deve ser feito um backup para evitar a perda de informações ao transferir arquivos e dados para o novo sistema de arquivos escolhido. Também recomenda-se verificar as peculiaridades de NTFS, FAT32 e exFAT para descobrir se todas as necessidades serão devidamente atendidas.
Sim, é possível alterar o sistema de arquivo usado ao formatar um pen drive ou disco de armazenamento, ou ao utilizar ferramentas nativas de conversão de um sistema para outro. No macOS, é preciso utilizar softwares de terceiros para habilitar a gravação em NTFS.
Importante destacar a necessidade de backup, já que processos de formatação ou conversão de uma estrutura para a outra podem resultar na perda de dados. Além disso, recomenda-se considerar as limitações de cada sistema de arquivos antes de efetuar a troca.
Sim. O APFS (Apple File System), por exemplo, é o sistema de arquivos padrão usado em Macs, iPhones e iPads. Já o Ext4 (Fourth Extended Filesystem) é o sistema de arquivos padrão usado na maioria das distribuições Linux.
Demais exemplos de sistemas de arquivos englobam ReFS (Resilient File System), HFS+ (Hierarchical File System Plus) e F2FS (Flash-Friendly File System).