Review JBL Flip 6: a caixa de som Bluetooth que reina
Reinando, caixa som Bluetooth JBL Flip 6 se sobressai pelo design, som e bateria, mas faltam recursos relevantes
Reinando, caixa som Bluetooth JBL Flip 6 se sobressai pelo design, som e bateria, mas faltam recursos relevantes
Considerada a caixa de som Bluetooth de maior sucesso da JBL, a Flip ganhou uma nova versão. A JBL Flip 6 foi oficializada no Brasil no início de 2022 com a processa de corrigir os problemas da antecessora. Além disso, ela está com uma roupa mais invocada, acompanhando a linguagem visual das demais caixas do portfólio da marca.
Seu DNA não mudou: o speaker continua entregando características relevantes para quem está sempre se aventurando por aí. Ela tem certificação IP67, bateria para até 12 horas de som e aplicativo dedicado para configurações. Eu testei a JBL Flip 6 por alguns dias e compartilho a minha avaliação nos próximos minutos.
O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.
A Flip 6 foi fornecida pela JBL por doação e não será devolvida à empresa. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.
Particularmente, eu já achava o design da JBL Flip 5 muito bonito e simpático, mas a nova edição está ainda mais atraente. A Flip 6 aposta numa aparência “furiosa”, que remete às caixas maiores, como a Xtreme 3 e a Charge 5. O logotipo da JBL na frente cresceu, contribuindo para esse visual mais invocado.
O corpo cilíndrico possibilita usar a caixa em três configurações: deitada, em pé numa mesa ou estante, e a alça, que já vem presa no produto, permite pendurar a Flip 6 na mochila ou na bike, por exemplo. Dá para transportá-la sem problemas, porque a caixa é relativamente leve.
O acabamento em tecido e borracha é excelente. Houve, ainda, um upgrade significativo na parte da proteção: a Flip 5 tinha apenas certificação IPX7, ou seja, sem resistência à poeira. Já a Flip 6 avança para o IP67, sendo resistente a mergulho em até um metro por 30 minutos e, claro, a poeira também não deve danificar o dispositivo.
A JBL Flip 6 está disponível nas cores vermelho, cinza, azul (que lembra um verde) e preto, versão que recebemos para esta avaliação. Infelizmente, a verde militar, da Flip 5, não é mais produzida.
O corpo abriga alguns botões de controle que são bem úteis e fáceis de usar. Você pode acionar o botão de reproduzir/pausar para pular de faixa ao apertar duas vezes, porém não é possível retroceder. Também há os de volume e o PartyBoost, que conecta a Flip 6 a outra caixa JBL para uma experiência de som estéreo, amplificando o áudio.
A Boombox 2, a Pulse 4 e a própria Flip 5 são algumas das caixas compatíveis com o PartyBoost.
Ao lado da conexão USB-C estão os botões de volume e de emparelhamento. Por falar neste último, felizmente, a JBL alterou a tecnologia da Flip 6, que opera agora através do Bluetooth 5.1; a Flip 5 trabalha com a versão 4.2 e eu critiquei isso no review dela, afinal nem para ser o Bluetooth 5.0, não é?
Ela não tem microfone integrado, o que ao mesmo tempo significa que ativar a Alexa, o Google Assistente, a Siri ou a Cortana do outro aparelho conectado à Flip 6 não é viável. É um grande ponto negativo. Quando olhamos as rivais, a LG Xboom Go PL7 e a Huawei Sound Joy já oferecem microfone e esse tipo de suporte.
O speaker tem um aplicativo dedicado, o JBL Portable, que antes se chamava JBL Connect, que era um app horrível. Ele demorava para se conectar à caixa e travava constantemente; as críticas na App Store e na Play Store não me deixam mentir. Desta vez, nós não identificamos esses problemas na versão nova, porém ela não mudou radicalmente.
O JBL Connect era muito básico, sem funções avançadas, e isso permanece no Portable. É possível visualizar a quantidade de carga, porém a porcentagem não é exibida, há um guia de uso para auxiliar a pessoa com as funções do produto, o PartyBoost e o Tom de feedback, recurso que me permite ativar ou desativar alertas sonoros de configurações, como quando a caixa foi conectada ou atingiu o seu volume máximo.
Pela primeira vez, a JBL inseriu um equalizador no software. De novo, a funcionalidade é muito simples, porém entendível, considerando que quem deve comprar a Flip 6 não tem pretensões audiófilas. O que importa é que a marca da Harman enfim consertou esse aplicativo.
O som da JBL Flip 6 não é 100% envolvente, mas a caixa mantém a boa apresentação que já tínhamos encontrado na Flip 5. Embora tenha um corpo relativamente pequeno e mesmo sem entregar som 360 graus, a Flip 6 consegue atingir volumes altos com facilidade, promovendo uma boa experiência tanto em ambientes fechados como abertos.
São 20 watts de potência RMS com o woofer e 10 watts RMS com o tweeter. Nas duas extremidades, há os radiadores passivos, para dar mais vivacidade aos graves. Na prática, em força e volume, o device da JBL tem um desempenho similar ao da Xboom Go PL7, mas o speaker da LG se sobressai nas frequências baixas, já que os graves e sub-graves têm mais presença.
Mais neutra que a Ultimate Ears Megaboom 3, os médios e agudos da Flip 6 são bem transparentes, resultando em áudios definidos e equilibrados, já que não há tanta estridência. Pessoas que curtem pop dance, eletrônica e rock têm grandes chances de simpatizar com esta JBL. Para o time do hip-hop, os graves, como eu já adiantei, são mais reclusos na Flip 6, mesmo com o auxílio dos radiadores passivos.
Para concluir som, você não vai encontrar aqui um palco sonoro espetacular nem uma capacidade de preenchimento realmente precisa. A Flip 6 vai ter volume suficiente para um quarto médio e outros espaços menores. Contar com ela para uma festa ao ar livre também não é viável, mas o gadget dará conta em comemorações pequenas.
A JBL não mexeu na autonomia nesta geração. Permanece a bateria de 4.800 mAh com a promessa de 12 horas de reprodução de música. É claro que esse número muda de acordo com o uso e intensidade do som. Por exemplo, em nossos testes, usando-a com o volume abaixo de 50% por cerca de 7 horas, a caixa conseguiu ficar ligada por até dois dias.
De modo geral, é um bom número para um speaker portátil, mas não custava nada oferecer um pouco a mais. Muitos rivais já oferecem 18, 20 e até 26 horas de reprodução.
Na embalagem, a JBL envia um cabo USB-C com USB-A para você alimentar o gadget. A fonte de alimentação não é enviada, mas a marca não está sozinha, já que boa parte da concorrência também não oferece.
A JBL Flip 6 não é uma grande evolução da Flip 5, principalmente quando analisamos a qualidade sonora. No entanto, a caixa de som continua fazendo um bom trabalho ao entregar aquilo que promete: ser um device portátil, com sonoridade para a massa e que resista às adversidades do dia a dia. Eu mesmo levaria a Flip 6 comigo durante uma viagem mais aventureira.
Em junho de 2022, período em que testamos o produto, ele estava à venda por R$ 849 tanto no varejo como no site da JBL. Por esse valor não vale a pena, porque eu encontrei a Huawei Sound Joy, que tem bateria de 8.800 mAh, NFC e microfone, por até R$ 100 a menos que a Flip. Ainda popular, a Flip 5 também está disponível para compra, mas é bom você saber que a experiência de uso está melhor na Flip 6.
Também vale ficar de olho nos outros modelos citados nesta avaliação, como a Xboom Go PL5, PL7 e a Megaboom 3, que são mais antigas e estão desvalorizando. Para quem está chegando agora e tem a JBL como primeira opção, no preço certo, a Flip 6 pode ser uma boa escolha. No hall das caixas de som portáteis, é ela quem continua reinando.
Leia | Como saber se a caixa JBL é original [falsificações]