Review Samsung Galaxy Tab S7 FE: o tablet Android que aposta no essencial

Samsung Galaxy Tab S7 FE é um tablet Android intermediário com tela de 12 polegadas, com caneta S Pen e bateria de 10.090 mAh

Darlan Helder
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• Atualizado há 10 meses
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Como o próprio nome sugere, o Galaxy Tab S7 FE não é o tablet mais avançado da Samsung, mas acolhe bons recursos do irmão mais potente. Pensado para quem precisa de um tablet Android e que esteja valorizando o custo-benefício nas pesquisas, esse modelo se mostra interessante por trazer tela grande de 12,4 polegadas, caneta S Pen e bateria gigante de 10.090 mAh. 

No site da Samsung, o S7 FE é encontrado por R$ 3.999 no momento de publicação deste review, mas o varejo cobra até R$ 1 mil a menos. Será que faz sentido ainda em 2022? Eu passei uma semana com o tablet de gama média da Samsung e compartilho toda a experiência a seguir. 

Análise do Galaxy Tab S7 FE em vídeo 

Aviso de ética 

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O Tab S7 FE foi fornecido pela Samsung por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica

Um design de topo de linha

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Galaxy Tab S7 FE pode até ser um tablet intermediário, mas o seu design é de topo de linha. Isso mostra que a divisão Fan Edition está com a proposta alinhada: proporcionar experiência premium com ressalvas para não competir com flagships. Assim é com o Galaxy S21 FE, assim é com o S7 FE, um tablet todo construído em alumínio e com textura fosca, que aprimora a sensação de produto refinado.  

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Falando de dimensões, o eletrônico é bem grande e pesado, são 608 gramas, e, até por isso, eu não o recomendaria para crianças. Para o dia a dia profissional, o S7 FE dá conta e pode ser transportado facilmente na mochila ou até na bolsa. Vendida separadamente, existe uma capa exclusiva para ele que já traz espaço para abrigar a S Pen. 

Por falar na caneta, o item pode ficar preso magneticamente na lateral, perto dos botões, ou na traseira, próximo da câmera. Durante todo o teste, a S Pen não me deixou preocupado porque ela realmente fica bem firme no dispositivo. Mesmo assim, eu aconselho tomar cuidado e sempre verifique se o acessório está preso corretamente. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Assim como os iPads mais recentes, o gadget da Samsung não fornece muitas conexões físicas — ele só tem a porta USB-C. A lateral ainda recebeu uma gaveta híbrida, que suporta um cartão microSD de até 1 TB e um chip de operadora. Mas é importante saber que o S7 FE opera apenas na rede 4G. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Tela não é AMOLED, mas apresenta qualidade (+ S Pen)  

Sabemos que a Samsung não economizou no visual e a primeira “baixa” do tablet está no painel. A tela presente aqui é do tipo TFT com resolução WQXGA (2560 x 1600 pixels). Apesar de ser mais simples em relação a outras tecnologias, engana-se quem acha que o aparelho tem imagem ruim. Evidentemente, ele não vai ter o preto profundo nem os belos contrastes do AMOLED, mas a sua configuração é suficiente para quem não se importa com últimas tecnologias. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Uma observação: se você está de olho no S7 por imaginar que ele aposta num display melhor, vá com calma. Lamentavelmente, nem essa versão, mais completa, ganhou o adorado Super AMOLED, encontrado apenas no Tab S7 Plus. E a decisão da Samsung, vale ressaltar, representa um retrocesso porque o Tab S6, geração anterior, foi equipado com o painel melhor

Com o S7 FE, são 12,4 polegadas, ideais para o consumo de filmes e jogos. Para trabalhos mais detalhistas, como de edição de foto e ilustrações, ele não vai propiciar a melhor usabilidade possível, mas dá conta para o básico. Eu, que não sou editor de imagem, pude ter uma experiência satisfatória editando algumas fotografias no Lightroom com o auxílio da S Pen. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A caneta, quando você analisa a construção, se mostra muito simples, toda em plástico. No entanto, sua atuação é agradável: assim como nos smartphones da marca, eu pude contar com a S Pen para criar notas rápidas, desenhar, assinar documentos e navegar pelo sistema facilmente. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O sistema do tablet já está todo adaptado para a S Pen; rapidamente eu posso acionar os atalhos para fazer alguns dos comandos já citados ou realizar uma seleção inteligente, adicionar uma anotação no calendário, além de abrir o PENUP para brincar de ser pintor — como você pode ver, as minhas habilidades artísticas não são das melhores. 

Outro destaque em multimídia são os alto-falantes duplos da AKG que, além de suportarem Dolby Atmos, geram um efeito imersivo com muita facilidade. Assim como no Tab S7, os graves do FE ficam mais escondidos, porém os médios e agudos ecoam com bastante habilidade. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Câmeras para videochamadas

O Tab S7 FE tem duas câmeras, sendo uma traseira de 8 megapixels e uma frontal de 5 megapixels de resolução, que deve ser usada com mais frequência. Como você já deve imaginar, os componentes que equipam esse device não são os melhores para produção de fotografia. Assim é com praticamente todo tablet, incluindo iPads e outros modelos Android. 

Tanto a traseira como a frontal do S7 FE carecem de qualidade e sempre vão produzir imagens com definição inferior, enquanto os ruídos acabam dominando a cena. A traseira, por exemplo, será essencial para registros rápidos, como de documentos e informações que serão acessadas posteriormente. Em outras situações, as câmeras do seu celular serão mais interessantes. 

Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera traseira do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal do Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A frontal, embora deixe o rosto do sujeito muito saturado, foi bem durante as minhas reuniões no Zoom. A usabilidade dessa lente, por um lado, acaba sendo melhor, já que eu posso minimizar a tela para acessar um site enquanto rola a videochamada. E, além disso, eu posso trocar de câmera (para a traseira) e mostrar um objeto. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

One UI 3.1 e DeX para ampliar a multitarefa

A unidade que recebemos para este review veio rodando Android 11 acompanhado da One UI 3.1. De modo geral, o tablet tem o mesmo layout e elementos dos smartphones da Samsung. A única diferença é que, evidentemente, a interface aqui é mais larga para se adaptar à tela de 12 polegadas. Também há recursos extras para S Pen, como já comentamos anteriormente. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Muitos dos aplicativos que eu testei se adaptaram bem na telona, mas eu confesso que é esquisito usar plataformas como TikTok, Instagram e Twitter porque tudo fica gigante. Google Chrome, YouTube, Netflix e Microsoft Word, softwares que já estamos acostumados a usar em painéis maiores, rodam bem no dispositivo da Samsung. A Play Store é muito completa, então dificilmente você sofrerá com falta de acesso a apps. 

Um dos recursos mais legais do Tab S7 FE é o famoso modo DeX, sistema responsável por criar uma experiência de desktop. Tudo o que eu preciso fazer é acessar a central de controles e clicar na opção DeX. Em poucos segundos, o tablet se “transforma” com um sistema de notebook, em que eu posso abrir várias janelas ao mesmo tempo para ampliar a multitarefa. A Samsung está de parabéns por isso. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Hardware honesto com autonomia equilibrada

No hardware, enquanto o modelo convencional foi alimentado pelo Snapdragon 865 Plus, o Fan Edition tem como motor o Snapdragon 750G, também da Qualcomm. De RAM, são 6 GB e 128 GB de espaço interno. Essa configuração foi suficiente para fazer o tablet operar sem gargalos. O único engasgo perceptível era durante a ativação do modo DeX, mas nada anormal. 

O desempenho do 750G é muito honesto. O chipset intermediário executou os aplicativos sem relutância e até Asphalt 9 rodou adequadamente com os gráficos no alto dentro das limitações. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A bateria de 10.090 mAh vai durar o dia todo e até mais se você realizar trabalhos simples, mas, em situações extremas, a autonomia pode ir embora com agilidade. Observe: em um dia, com o brilho da tela no máximo, nós consumimos três horas de vídeo, uma hora de navegação nas redes sociais e encerramos com quinze minutos de Asphalt 9. A porcentagem pulou de 100% para 38% — eu esperava mais aqui. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Mas o que realmente decepciona é o carregador. O Galaxy Tab S7 FE suporta carregamento rápido de 45 watts, mas a fonte enviada pela Samsung é de apenas 15 watts. Nos meus testes, o dispositivo levava cerca de 3h30 minutos para chegar aos 100%. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE: vale a pena? 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Galaxy Tab S7 FE é aquele tablet Android com o essencial, direcionado para quem não precisa de muito. Entretanto, o cuidado na montagem, sobretudo no acabamento, mostra que a Samsung foi um pouco além. A tela não é AMOLED, mas tem um bom nível de brilho e cores agradáveis, a S Pen tem uma resposta satisfatória e os alto-falantes duplos aprimoram a usabilidade. 

Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Tab S7 FE (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O eletrônico, porém, não tem o melhor software e nem vai otimizar tudo o que é acionado na tela, mas a Samsung consegue fornecer uma interface que opera adequadamente — a One UI é excelente. Se você já tem outros dispositivos da sul-coreana, a usabilidade será ainda mais completa. 

Leitor de impressões digitais é uma tecnologia que eu mais senti falta no aparelho. Além disso, nem para a Samsung enviar um carregador mais rápido. Bola fora. Apesar desses contras, o Galaxy Tab S7 FE vale a pena para quem não exige muito, até mesmo depois de alguns anos após o seu lançamento. 

Atualizado em 2 de maio, às 19h31.

Review Samsung Galaxy Tab S7 FE

Prós

  • Design muito sofisticado
  • Tem caneta S Pen que funciona bem
  • Alto-falantes duplos são muito bons
  • Modo DeX é mais do que bem-vindo

Contras

  • Carregamento demora muito
  • Alguns apps ficam estranhos na tela grande
  • Faltou um leitor de impressões digitais
Nota Final 8
Bateria
8
Câmera
7
Conectividade
8
Desempenho
8
Design
9
Software
8
Som
8
Tela
8

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Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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