Review TV OLED LG Evo G1: imagem com estilo
Custando mais de R$ 10 mil, LG Evo G1 é uma TV OLED 4K com pegada lifestyle para um consumidor mais exigente em imagem
Custando mais de R$ 10 mil, LG Evo G1 é uma TV OLED 4K com pegada lifestyle para um consumidor mais exigente em imagem
Considerada a OLED mais avançada da marca para o mercado nacional em 2021, a LG Evo G1 é uma TV 4K para quem busca experiência imersiva com estilo. Apostando num design ultrafino, a nova TV foi desenvolvida para ser instalada na parede ou no suporte de chão, sem a possibilidade de colocar no rack. A LG diz que a G1 ganhou um novo painel que garante imagens vívidas e nítidas.
Ela ainda entrega processador Alpha 9 de 4ª geração com sistema WebOS 6.0, tecnologias Dolby Vision e Atmos, HDR10 Pro, HLG, taxa de atualização de 120 Hz, são quatro portas HDMI 2.1 disponíveis e alto-falantes integrados de 60 watts de potência. Será que vale desembolsar R$ 13 mil neste aparelho? Eu usei a LG Evo G1 nas últimas semanas e compartilho a minha análise a partir de agora.
O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente de tecnologia que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises de produtos são opinativas e não possuem nenhuma intenção publicitária. Por isso, sempre destacamos de forma transparente os pontos positivos e negativos de cada produto.
A TV OLED LG Evo G1 foi fornecida pela LG por doação e não será devolvida à empresa. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.
Por fugir do tradicional, o usuário precisa se atentar a alguns detalhes de estrutura e saber bem como e onde instalar a TV. Infelizmente a LG não envia a base para colocar o aparelho no rack, por exemplo. Por isso, você precisa decidir se coloca a G1 no suporte de chão, vendido separadamente, ou na parede, que eu prefiro, nesse caso. A primeira opção, vale reforçar, faz com que o televisor ocupe um espaço considerável no ambiente.
Assim como a GX, a LG G1 é uma TV com design ultrafino e sofisticado. Ela tem um acabamento todo em plástico, tanto nas laterais, que traz um detalhe metálico, como na traseira, que é mais simples. As bordas são ligeiramente finas, mas não é nada que possa impressionar à primeira vista. A base, vendida por R$ 2.699, é de metal e deixa o visual da G1 ainda mais premium, só que há um porém.
A LG criou um espaço nesse suporte para esconder o fio de energia, mas ele não fica totalmente oculto e sim organizado, podemos dizer assim. Outro problema que eu identifiquei é que esse mesmo fio é muito curto, então você precisa planejar bem e ver o local exato onde ela vai ficar para conseguir ligar a TV na tomada. Na minha opinião, faltou um pouco mais de cuidado nesse processo, já que estamos diante de um modelo que traz uma configuração totalmente diferente.
Na parte das conexões, ela não decepciona. A LG oferece quatro portas HDMI, todas elas 2.1, três USB, uma entrada de antena de TV e uma saída de áudio óptica. Bluetooth 5.0 e Wi-Fi 5 completam as especificações em conectividade. Suporte ao AirPlay 2 e integração com assistente virtual são outros recursos disponíveis, mas comento sobre eles adiante.
Assim como a 8K Nano96, a Evo G1 traz o controle Smart Magic com NFC que promove uma usabilidade semelhante ao de um mouse. Eu não acho a melhor solução e às vezes tenho dificuldade para comandá-lo durante a seleção, mas você se acostuma. Além dos botões tradicionais, a LG oferece atalhos da Netflix, Prime Video, Disney+ e Globoplay. Também há um para botão para acionar o Google Assistente e outro para invocar a Alexa. É só escolher!
Como o próprio nome apresenta, a LG Evo G1 tem painel OLED Evo, que promete ser uma “evolução” do OLED que já conhecemos. A LG explica que este modelo tem novos materiais, com mais poder emissivo, o que em outras palavras significa mais brilho e contrastes profundos graças aos famosos pixels que se autoiluminam. Tudo isso, porém, sem elevar o consumo de energia, o que é bem interessante.
De fato, a LG consegue entregar isso, mas antes eu falo de polegadas. O Tecnoblog avaliou a versão de 65 polegadas, que já cria uma boa imersão. Você também encontra opções de 55 e 75 polegadas em outros países, mas elas não estavam disponíveis no Brasil enquanto eu produzia este review.
Agora sobre a qualidade de imagem, a Evo G1 tem um desempenho excelente. Os ângulos de visão são ótimos graças ao contraste assertivo. Ela lida bem com a claridade e, mesmo contraluz, eu não tive dificuldade para enxergar o conteúdo, até mesmo em pontos periféricos. O preto é profundo e o branco consegue ser intenso e vívido, favorecendo a nitidez. Eu ainda não presenciei falhas no backlight, ao menos na nossa unidade testada.
Até mesmo em resoluções inferiores, a LG Evo G1 consegue entregar belas imagens. Em testes detalhados, o upscaling se mostrou eficiente com o televisor reproduzindo em HD e Full HD sem grandes problemas. Quando a configuração vivo, que também trabalha no HDR, está ativada é possível perceber um efeito pixelado em 1080p, mas essa limitação só é sentida quando você está muito próximo da TV.
Outros modos disponíveis são padrão, cinema em casa, cinema, otimizador de games e filmmaker. O modo vivo, que joga o contraste lá para o alto, continua sendo o meu preferido. Por falar em imagens vivas, a topo de linha da LG tem suporte ao HDR Dolby Vision IQ, tecnologia que calibra a imagem de acordo com o conteúdo e ambiente. O modelo ainda traz suporte ao HDR10 Pro e ao HLG. O conteúdo HDR exibido por ela consegue agradar pela definição, vivacidade e contrastes excelentes e eu não notei nenhuma inconsistência grave.
Para os gamers, a Evo G1 tem taxa de atualização de 120 Hz e, como ela já oferece HDMI 2.1, você pode usufruir de toda essa fluidez em alguns títulos através dos consoles de última geração, como PS5 e Xbox Series X. Além do mais, a TV é compatível com nVIDIA G-Sync e AMD FreeSync, para atrair ainda mais o público gamer.
Assim como a The Frame, da Samsung, a Evo G1 tem uma função chamada galeria de arte, que, como o próprio nome sugere, concentra algumas obras para você “transformar” a TV em quadro, em vez de deixar na tela preta, desligada. O app dedicado oferece opções para todo o tipo de gosto e, realmente, contribui para a decoração do ambiente. O único problema desse recurso é o valor da conta de luz, caso queira utilizar esse modo com frequência.
No som, não dá para esperar uma qualidade próxima de soundbar. A LG entrega falantes em 4.2 canais com 60 watts de potência no total. A primeira observação é: o som é muito alto e, dependendo do conteúdo, é possível ter uma intensidade envolvente no volume 15. Mas há algumas limitações: o áudio pode ficar estridente com facilidade e o modo AI Sound Pro, tecnologia que a LG destaca por otimizar o áudio, piora a situação e gera sibilância que incomoda bastante.
Com o Dolby Atmos, filmes de ação com cenas movimentadas e trilhas sonoras tendem a agradar mais, já que a tecnologia gera um efeito encorpado. Diante disso, as produções ficam mais envolventes, mas ainda não é uma experiência de cinema. Para quem pensa em conectar o Spotify, Apple Music ou Deezer na TV, as faixas só são bem reproduzidas com o modo dedicado para isso (música).
Outros modos disponíveis são padrão, cinema, clear voice pro, esportes e otimizador de games. Para o dia a dia, o modo padrão é o melhor por não alterar radicalmente o som. O AI Sound Pro eu recomendo descartar. Em suma, a qualidade sonora não é nada que possa impressionar e eu recomendaria adquirir uma soundbar.
A LG Evo G1 roda o WebOS 6.0, que, com certeza, não é a minha interface preferida atualmente. A LG conseguiu prejudicar o seu próprio sistema, que antes era muito elogiado. Hoje, ele apresenta falta de fluidez e uma bagunça que compromete a usabilidade. Diferentemente do Tizen, da Samsung, o novo WebOS invade toda a tela quando você aperta o botão home; isso significa que, quando estiver assistindo à TV aberta, por exemplo, você terá que deixar de assistir caso queira mexer em alguma configuração.
A tela principal concentra apps, sugestões de conteúdos e recursos de conectividade e não há uma organização para facilitar a busca — várias vezes eu me perdia ali. Eu também percebi que alguns aplicativos e recursos demoram para inicializar, a loja de aplicativos é um exemplo e leva um tempo para abrir. É difícil aceitar essas inconsistências num produto que custa quase R$ 15 mil.
Por falar em aplicativos, aqui a LG acertou bastante. A empresa já entrega Netflix, Amazon Prime Vídeo, Disney+, Globoplay, DirecTV Go, YouTube, Looke e outros pré-instalados. Na loja de apps você encontra HBO Max, Telecine, Star+, Canais Globo, Apple Music e Spotify. Como a Samsung, a LG tem seu serviço de IPTV gratuito, o LG Channels, com Newsmax TV, Time Magazine, batteryPOP, dentre outros.
Para quem investe em casa conectada, assim como a Samsung, a LG oferece suporte a duas assistentes virtuais: Alexa e Google Assistente. A Samsung tem um bônus que é a Bixby, mas eu, sinceramente, mal lembro dessa tecnologia. Nos meus testes, os dois sistemas funcionaram muito bem, basta apertar o botão para controlar dispositivos ou perguntar qualquer coisa. Outro recurso disponível é o AirPlay 2 que também funcionou sem dificuldades nos meus testes.
A LG Evo G1 é uma TV lifestyle que visa atrair aquele consumidor que busca uma experiência decorativa e personalizada, mas também pode fazer muito sentido para você que não liga tanto para isso. Quando analisamos a imagem, não podemos negar que o produto da LG tem potencial para agradar a maioria das pessoas. O OLED Evo encanta pelo volume de cores, o contraste é excelente e o preto profundo se faz muito presente.
Em imagem, definitivamente, a LG merece 10 nesse quesito pelo excelente trabalho, mas também só nesse quesito e em conectividade. O design é um diferencial, no entanto ele pode gerar dores de cabeça ao usuário que não se planejar, a empresa poderia enviar um suporte para rack e o fio curto de alimentação é um problema. No som, ele é bom e alto, mas pode ficar estridente e o AI Sound Pro é simplesmente decepcionante.
Mas é no software que a LG mais pisa na bola. Em termos de usabilidade, o WebOS fica para trás do Tizen, da Samsung. O sistema da LG é bagunçado, invade toda a tela e o desempenho também é um ponto limitante. Apesar disso, se você estiver disposto a pagar R$ 13 mil pela G1 e caso tenha espaço sobrando em casa, eu diria para você seguir em frente. A marca entrega um produto decente para quem liga muito para imagem.
Leia | Como instalar o aplicativo da Netflix em Smart TVs da LG