WhatsApp de graça — ou seria melhor usar o iMessage?

Testamos tanto o WhatsApp como o iMessage para enviar mensagens de texto. Qual deles é o melhor? Veja nesse comparativo especial.

Gus Fune
Por
• Atualizado há 1 ano

Menos de 24 horas depois do lançamento do iOS 5, o aplicativo WhatsApp Messenger recebe uma redução de preço na appstore: de 99 cents para gratuito. Coincidência ou reação ao iMessage, uma das novas funções do novo sistema mobile da Apple?

Faz tempo que o WhatsApp é conhecido entre os usuários de smartphone como uma alternativa barata ao SMS. Em vez de pagar taxas relativamente caras de mensagem, o aplicativo envia as mensagens pela internet, utilizando o plano de dados do usuário. Ou seja, é praticamente de graça mandar um SMS!

Digo praticamente porque se você usa a internet do seu celular apenas para isso, você estará pagando alguma taxa de dados no processo.

Com o lançamento ontem do iOS 5 entra na jogada o iMessage, uma nova funcionalidade para o aplicativo Messages do iPhone cuja função é enviar mensagens de texto via plano de dados. Sim, a mesma coisa que o WhatsApp faz.

Se ambos fazem a mesma coisa, qual a diferença? Coloquei hoje os aplicativos lado a lado para ver as diferença entre eles e em qual cada um ganha. Lá vai.

#TeamTecnoblog testando o iMessage e WhatsApp. O segundo perde no quesito “Whaling”.

Interface gráfica. O iMessage é bem mais bonito e organizado visualmente do que o WhatsApp. Na verdade, o iMessage nada mais é do que uma espécie de extensão ao aplicativo de mensagens que sempre veio no iPhone.

Facilidade. Nessa o WhatsApp tem uma vantagem: é muito mais fácil selecionar um contato que também usa o aplicativo. Na tela de enviar mensagem ele exibe apenas a lista de contatos que utiliza o aplicativo, facilitando o processo.

No iMessage os nomes aparecem dentro de um balãozinho azul caso estejam cadastrados no serviço, ou dentro de um balãozinho verde caso não estejam nele e a mensagem for, na verdade, um SMS. Uma coisa que falta no iMessage é poder filtrar sua lista de contatos entre apenas os que possuem o mesmo serviço.

Multimídia. Tanto o WhatsApp como o iMessage possuem suporte para envio de foto e vídeo (muita gente não sabe que é só clicar na bolinha ao lado da caixa de texto da mensagem). O WhatsApp tem a vantagem de também permitir o envio de áudio gravado (audio notes), compartilhamento de localização (pela função location do aparelho) e de contato salvo na agenda, o que facilita naquele momento em que você manda um “Me passa o telefone daquela sua amiga que estava na festa?”.

Rede. Ambos os aplicativos funcionam na rede, e em eventuais falhas de conexão a regra é clara: o app não vai funcionar. No caso do iMessage tem uma solução muito simples e eficiente: em vez de mostrar um erro, ele envia SMS. Ok, você vai pagar a taxa do SMS, mas sua mensagem vai chegar de qualquer forma.

Compatibilidade. Nessa o iMessage perde bonito, uma vez que ele só vai funcionar nos smartphones rodando iOS 5 — iPhone 3GS, iPhone 4 e iPhone 4S, além do iPad (que não é um smartphone, claro). Já o WhatsApp suporta iOS, Android, BlackBerry, Symbian e Windows Phone.

Resumo da ópera

Nesse duelo de SMS grátis em smartphones, acho que o iMessage não vai matar o WhatsApp. Longe disso. Ambos vão existir lado a lado por um bom tempo.

O que pode mudar tudo é o Facebook Messenger, uma proposta da rede do Zuckerberg em agregar SMS ao híbrido chat/mensagem do Facebook. De acordo com informações já divulgadas sobre o assunto, a ideia é você receber em alertas como de SMS novas mensagens ou chats dentro do Facebook. Colocando de forma simples: não vai existir ninguém com iOS ou Android offline no chat do Feice. Vamos ver aonde vai dar, por enquanto, estou satisfeito com o que tenho em termos de comunicação mobile.

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Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

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