Brasil e Peru entram na disputa pelo domínio .amazon
Gigante do comércio eletrônico Amazon faz lance pelo gTLD
Não será tão fácil para os forasteiros da empresa estadunidense Amazon conseguir a terminação de domínio (gTLD) .amazon junto ao ICANN, órgão máximo para distribuição de nomes de domínios. Os governos do Brasil e do Peru entraram com reclamações junto à entidade responsável por delegar gTLDs solicitando que o .amazon fique reservado para páginas relacionadas à Amazônia.
Para os governos brasileiro e peruano, há perigo de a empresa Amazon assumir o .amazon e não permitir seu uso “para fins de interesse público relacionado à proteção, promoção e divulgação” relacionados àquele considerado maior bioma do planeta.
O termo “Amazon” assim, em inglês, faz parte do nome Amazon Cooperation Treaty Organization, uma entidade que coordena o Amazon Cooperation Treaty assinado em julho de 1978. Ou seja, bem mais antigo do que a fundação do gigante do comércio eletrônico em 1994. Fazem parte do portfólio de domínios da empresa: amazon.com (Estados Unidos), amazon.de (Alemanha), amazon.it (Itália), amazon.co.uk (Reino Unido) e amazon.fr (França).
A Amazon não se manifestou oficialmente sobre o assunto.
O ICANN iniciou leilão das terminações de domínio. Para participar, a empresa deve assegurar a capacidade técnica de gerir um domínio, além de pagar quantias vultosas para o órgão de internet. Entre os domínios mais disputados estão o .book e o .app.
De acordo com informações da TechWeek, a Amazon se propôs a gerenciar 76 gTLDs, enquanto o Google deseja 101 terminações de domínio – sem contar aquelas em que as companhias disputam com seus pares.
Agora resta saber se prevalecerá o histórico e a importância da Amazônia, que já considerada como o “pulmão do mundo”, ou os interesses econômicos da Amazon. Com certeza Jeff Bezos, CEO da companhia, tiraria bom proveito de um gTLD específico para as operações de e-commerce espalhadas em diversos territórios.
Alguns veículos de informação nacionais sustentam que a Amazon pretende iniciar as atividades no país no próximo ano.