O que esperar do mundo dos games em 2013

Gus Fune
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• Atualizado há 8 meses

Chegamos em janeiro, um mês depois do suposto fim do mundo maia e depois de um ano relativamente morno de grandes inovações em jogos. Porém, este 2013 tem tudo para ser um grande ano em termos de novidades para um aficionado por games. Sim, no ano passado tivemos o retorno de algumas franquias e a chegada do Wii U, sem falar na turma do indie ganhando mercado. E agora, o que esperar com essas mudanças?

Próximos consoles

No ano passado eu escrevi um artigo similar a esse com uma série de previsões do que esperar em 2012. Segue novamente a lista pra quem não se lembra:

  • Maior processamento, principalmente gráfico, dando suporte a engines de última geração como iDTech 5, CryEngine 3, Frostbite 2 e Unreal Engine 4.
  • Melhorias em processamento vão permitir melhor uso das tecnologias de captação de movimentos, reconhecimento facial e de voz.
  • Kinect e PS Move vão continuar em jogo, só que com as melhorias citadas acima.
  • Possível declínio dos jogos usando Kinect e Move – o interesse em jogos que utilizam movimento tem diminuído, mesmo com os avanços nessas tecnologias.
  • Full HD será suportado por todos os consoles da geração.
  • Uso de mídias de alta densidade, como Blu-Ray ou outras tecnologias proprietárias. Não me surpreenderia alguma empresa surgir com alguma nova solução como pendrives (volta dos cartuchos? Será?) ou ainda o banimento de mídias e uso apenas de downloads. Ambas as opções são improváveis, mas bem plausíveis para alguma próxima geração.
  • Playstation 4 e Xbox 720 são algumas das especulações de nomes pros consoles da próxima geração.
  • Entrada da Apple no mercado de consoles. Hoje eles já têm uma receita bilionária na venda de games na App Store. E se resolverem transformar a Apple TV em um console? A geração atual do gadget já roda iOS e é uma questão apenas de firmware para aceitar aplicativos e conectar seu iPad ou iPhone como controle.
  • PS Vita e 3DS podem ser os últimos portáteis que veremos por conta de Android e iOS estarem comendo todo o mercado de portáteis. E nem adianta cogitar um N-Phone, já que a Nintendo já falou em diversas ocasiões que o negócio dela é videogame e não telefone.

De tudo falado nessa lista não é preciso tirar nada. Só atualizando rumores sobre os futuros consoles, o próximo Xbox recebe oficialmente o codinome Durango. Não significa que seja o nome do console (muito improvável), mas é o nome utilizado para fins oficiais internamente na Microsoft para evitar vazamento prematuro de qualquer nome final. Já no caso da Sony, o Playstation 4 por enquanto recebe o codinome Orbis.

Ainda se falando de rumores, o próximo Xbox teria um lançamento para uma data entre setembro e novembro, já o Playstation para dezembro, pouco antes do natal.

Não vale esquecer os rumores sobre uma possível Steam Box, o console da Valve. Cada nova declaração e rumor fazem-me acreditar que a coisa tomou a forma de um PC feito especialmente para games do que um console nativo. Vimos isso se materializar com o lançamento do Big Picture e a última notícia que roda é de que esse Steam-PC rodaria em Linux e chega agora em 2013.

Segunda tela

O lançamento do Wii U trouxe indícios daquela que será a aposta também da Sony e da Microsoft: a segunda tela. Diferentemente das tecnologias de movimento como Kinect e PS Move, a segunda tela já está presente na vida do gamer. Quem nunca sentou na sala para jogar e eventualmente ficou mexendo no smartphone, tablet ou até mesmo jogando com o notebook ao lado?

Enquanto a Nintendo aposta em um aparato próprio para o console, a Microsoft aposta no SmartGlass, aproveitando algo que é presente em muitos lares nos EUA e no mundo: tablets. Já é possível usar o SmartGlass em alguns poucos games – a tendência é aumentar.

E falando em telas, realidade virtual é outra tecnologia que deve finalmente se materializar na sala de gamers pelo mundo. No mundo dos rumores, existem alguns indicando que a Microsoft lance o seu próprio junto do próximo Xcaixa, cujo codinome seria Projeto Fortaleza. O nome não é nenhuma surpresa se considerar que a área de incubação de novos projetos na divisão Xbox pertence no momento ao brasileiro Alex Kipman. Alex é o mesmo responsável por chamar de Projeto Natal aquilo que viria se tornar o Kinect, em homenagem à capital potiguar.

Oculus Rift é outro gadget de realidade virtual que promete chegar no mercado neste ano. Com mais de 2,4 milhões de dólares arrecadados no Kickstarter, já conta com diversas produtoras adaptando ou criando games com suporte ao aparelho, que ainda não tem uma data certeira de lançamento.

Kickstarter: uma bolha?

E falando em Kickstarter, 2013 também é o ano em que o console-indie e cria do site de crowdfunding chega ao mercado. Ainda é cedo para dizer se o Ouya vai ser um grande console ou se é mais empolgação em ver um videogame rodando Android e customizável na sua sala. Como todo videogame, vai depender bastante do catálogo de games disponibilizado para realmente sabermos.

E enquanto em 2012 vimos um boom nos projetos de crowdfunding, a tendência em 2013 é essa empolgação diminuir. Dois dos principais motivos: excesso de projetos cada vez da menos visibilidade ao que antes era uma terra não muito movimentada, e em segundo lugar, a quantidade de projetos atrasados ou com falta de atualizações acaba desanimando o público em geral. Em um levantamento recente, maioria está atrasado e com pouco feedback para o público.

Uma tendência forte para 2013 e nos próximos anos é cada vez mais aumentar o uso de tecnologias de computação na nuvem. Seja salvar suas estatísticas ou seu jogo online, como hoje faz a Steam, ou ainda processamento de dados na nuvem, como promete parte da simulação do próximo Simcity ou o recém-anunciado serviço Nvidia Grid.

Por aqui termina a primeira parte do artigo sobre 2013 no mundo dos games. Amanhã vem a parte que deixa qualquer gamer inquieto: os lançamentos pra ficar de olho.

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Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

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