A rede P2P por trás do Spotify vai ser desativada em breve
Nem todo mundo sabe, mas por trás do serviço de música Spotify há uma rede P2P funcionando. Como as músicas não vêm apenas dos servidores do Spotify, a velocidade do streaming pode ser maior e a economia de tráfego ajuda a manter o custo do serviço. Entretanto, o Spotify diz ao TorrentFreak que essa rede está sendo tirada de cena aos poucos e nos próximos meses será desativada.
Atualmente, quando você ouve uma música por meio dos aplicativos do Spotify para desktop, o arquivo é obtido através do cache local no seu disco rígido, dos servidores do Spotify ou de outros usuários do Spotify que tenham a música em cache. Em 2011, menos de 20% das músicas vinham dos servidores do Spotify.
Trata-se de uma maneira inteligente de descentralizar o tráfego e economizar com servidores, permitindo que o serviço cresça bastante e os custos operacionais não aumentem tanto. Essa ideia faz todo o sentido quando vemos que um dos principais engenheiros do Spotify é o sueco Ludvig Strigeus, o criador do famoso µTorrent, aplicativo vendido para a BitTorrent em 2006.
Mas se a tecnologia ajudou o Spotify, por que ela está sendo removida? Perguntada sobre o assunto, a diretora de comunicação do Spotify na Europa, Alison Bonny, simplesmente afirmou que a tecnologia não era mais necessária. “Estamos agora em uma fase em que podemos distribuir músicas através do nosso crescente número de servidores e garantir que os nossos usuários continuem recebendo o melhor serviço”.
O que ainda não está claro é como o Spotify conseguirá lucrar — tirar a rede P2P certamente não ajuda. O serviço sangra dinheiro: em 2011, o prejuízo foi de US$ 60 milhões; no ano seguinte, apesar da receita ter dobrado, as perdas foram ainda maiores, de US$ 77 milhões. Cinco anos após o lançamento oficial, o Spotify ainda sobrevive com o dinheiro dos investidores.
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