Será que um dia o Apple Maps será tão relevante quanto o Google Maps? O caminho é longo, mas pelo menos a Apple demonstra estar disposta a melhorar a ferramenta. Para isso, o aplicativo de mapas da companhia vai ser reestruturado. É o que revela Eddy Cue, vice-presidente sênior de software e serviços da Apple, em entrevista ao TechCrunch.
Atualmente, o Apple Maps é complementado com bases de dados de serviços como OpenStreetMap e TomTom. De um lado, essa abordagem permite que a ferramenta cubra mais áreas. Por outro, a Apple não consegue garantir a precisão e a validade dos dados fornecidos.
A Apple sabe que a melhor forma de aumentar a qualidade do serviço é seguindo a fórmula de sucesso do Google Maps: trabalhar com dados próprios, tanto quanto possível. É por isso que a companhia fala em investir milhões de dólares em tecnologias próprias para coletar e atualizar imagens em tempo hábil, bem como para tornar as informações do serviço mais relevantes.
Na verdade, esse é um trabalho que começou há algum tempo e envolve diversas tecnologias. Uma delas são as imagens obtidas por satélite, obviamente. A Apple vem apostando em imagens com resolução mais alta e pretende destacar áreas de vegetação ou vias só para pedestres, por exemplo.
Outra abordagem são as imagens em 360 graus registradas por carros. Essa também é uma tecnologia óbvia, mas agora a Apple está aprimorando o uso de GPS, câmeras e outros recursos para melhorar a identificação de faixas de pedestres, prédios e outras estruturas importantes.
Cue também reconheceu que a Apple está colhendo dados vetoriais de iPhones para indicar no Maps, em tempo real, pontos com mais fluxo de carros ou pedestres. No entanto, o executivo garante que apenas parâmetros de localização são considerados, sem que informações pessoais sejam associadas a eles.
As primeiras mudanças da nova fase do Apple Maps serão mostradas já na versão beta do iOS 12, mas contemplará apenas alguns pontos da Califórnia. É claro que a intenção da Apple é oferecer uma cobertura mais ampla, mas isso vai levar tempo.
Se tudo ficar do jeito que a Apple espera, o serviço de mapas será capaz de fornecer informações mais precisas e em tempo real sobre tráfego, vias para pedestres, áreas de esportes e lazer, interior de prédios, entre outros. O plano é oferecer um mapa que seja o mais parecido possível com o “mundo real”.
Ainda não dá para saber se a ferramenta será capaz de fazer frente ao Google Maps. Mas o mais importante é saber que finalmente a Apple está dando a atenção que o seu serviço de mapas precisa ter. É torcer para que todas essas prometidas melhorias possam ir muito além dos Estados Unidos.
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