Como o YouTube conta views nos vídeos [qual o tempo mínimo]?

Veja como funciona o sistema de views do YouTube e quais são as regras para os tipos de vídeos: enviados por usuários e anúncios

Ronaldo Gogoni
• Atualizado há 1 ano e 9 meses

Os views do YouTube (visualizações de vídeos) seguem algumas regras quanto ao método de contabilizá-los. Elas diferem entre aquelas para vídeos postados por usuários (sejam contas grandes ou não) e as para anúncios publicitários. Veja a seguir como funciona o sistema de views do YouTube para ambos os casos e o tempo mínimo.

Mohamed Hassam / YouTube / Pixabay / youtube views

Como o YouTube conta views nos vídeos?

O YouTube possui regras distintas para views de vídeos normais, enviados por usuários grandes ou pequenos, e para anúncios publicitários. O primeiro segue diretrizes um tanto confusas, enquanto o segundo é bem mais claro em seus métodos.

Vejamos cada caso.

1. Vídeos enviados pelos usuários

O YouTube usa dois métodos para analisar a quantidade de visualizações de um vídeo (a fonte do acesso). Por via de regra, um vídeo deve ter um mínimo de 30 segundos de duração para ser minimamente monetizável (considerando que o usuário faça parte do Programa de Afiliados). A partir daí, a plataforma analisará os acessos por IP e conta.

Funciona assim:

Cada IP normalmente conta como uma visualização, a menos que a mesma conta de usuário esteja revendo o vídeo através de vários endereços. Assim, apenas a primeira visualização por conta será computada e acrescentada com view ao vídeo do YouTube.

O YouTube considera uma visualização o tempo mínimo de 30 segundos em que o vídeo é executado (por isso a duração mínima), para minimizar tanto a ação de bots quanto para punir vídeos com títulos falsos ou miniaturas (thumbnails) enganosas, os famosos “clickbaits”. Assim, quem abre um vídeo pensando ser uma coisa e descobre ser outra, fechando-o em seguida não será contabilizado como uma visualização.

Stux / YouTube / Pixabay / youtube views

Você já deve ter notado que, quando um vídeo recente começa a se tornar popular, a contagem “trava” no número 301, ou algo próximo disso. Este é um mecanismo para detectar acessos artificiais, feitos por bots. O controle automático para analisar visualizações artificiais entra em ação quando um vídeo atinge 300 views.

Neste momento, o vídeo é submetido à análise, para determinar se aqueles acessos são mesmo legítimos ou se foram inflados por bots. Embora a checagem seja voltada a todos os vídeos, os que contam com um grande volume de acessos em pouco tempo são priorizados, pois são identificados como populares pelo algoritmo.

Essa checagem das visualizações é rigorosa porque o YouTube ganha dinheiro com isso, um vídeo muito visualizado pode ser ligado a anúncios e render em visualizações das propagandas, sendo assim, não é bom permitir que vídeos tenham views inflados com bots.

Uma vez que o vídeo passa pela avaliação e as visualizações são aprovadas, a contagem volta ao normal; vídeos que usam bots para inflar os números tem as visualizações indevidas removidas, o que já causou perdas consideráveis até para artistas de grande porte. Em último caso, o vídeo pode ser removido e a conta do uploader punida.

StockSnap / celular com logo do Youtube na tela / Pixabay / como criar um canal no youtube

2. Anúncios publicitários

Os vídeos de anúncios publicitários, que possuem links para as respectivas páginas de suas campanhas possuem regras bem sólidas: o YouTube só conta uma visualização e paga ao anunciante se o vídeo tiver sido visto por pelo menos 30 segundos ou o usuário clicar nele e for redirecionado ao site, mas mesmo estas regras são flexíveis.

Estas regras valem para os anúncios “TrueView”, que são as propagandas tradicionais; estas podem podem ser puladas após 5 segundos de execução e costumam ser mais longas. Assim, o usuário terá que assisti-la por mais de 30 segundos ou clicar no link, para que uma visualização seja computada.

Já os anúncios chamados “Bumpers” não podem ser pulados e duram de 6 a 20 segundos; estes contam como visualizados automaticamente (afinal, o usuário terá que vê-lo até o fim) e foram criados tendo em vista os usuários de celulares, que diferente dos de desktops e laptops, recorrem aos bloqueadores de anúncios em um grau menor.

Com informações: YouTube 1, YouTube 2, YouTube 3 e YouTube 4

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Ronaldo Gogoni

Ronaldo Gogoni

Ex-autor

Ronaldo Gogoni é formado em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da Informação pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). No Tecnoblog, fez parte do TB Responde, explicando conceitos de hardware, facilitando o uso de aplicativos e ensinando truques em jogos eletrônicos. Atento ao mundo científico, escreve artigos focados em ciência e tecnologia para o Meio Bit desde 2013.