Google exigirá Android 10 em celulares lançados após janeiro de 2020
Google autorizará somente celulares e tablets com Android 10 após janeiro de 2020; empresa exige Bem-estar Digital e USB-C PD
Google autorizará somente celulares e tablets com Android 10 após janeiro de 2020; empresa exige Bem-estar Digital e USB-C PD
O Android possui código aberto e pode ser utilizado por qualquer empresa, mas o Google tem alguns requerimentos para liberar a Play Store e aplicativos como Gmail e YouTube: uma das regras diz que, após o dia 31 de janeiro de 2020, serão autorizados somente dispositivos com Android 10, não com Android 9 Pie. Além disso, o Google exige o Bem-estar Digital e compatibilidade com o padrão de carregamento Power Delivery via porta USB-C.
O XDA Developers obteve a versão mais recente dos requerimentos do GMS (Google Mobile Services), que as fabricantes precisam obedecer para incluírem a Play Store e o Play Services em seus produtos.
No documento, o Google diz que deixará de aprovar dispositivos com Android 9 Pie após 31 de janeiro de 2020. A partir dessa data, apenas o Android 10 será aceito em novos smartphones e tablets.
E quanto a dispositivos já lançados? Neste caso, o prazo é mais longo: o Google vai autorizar a atualização para o Android 9 Pie até o lançamento do Android 11 R, que deve ocorrer em agosto de 2020. Depois disso, a fabricante terá que pular direto para uma versão mais recente (como o Android 10) ou fornecer somente patches de segurança.
Além disso, o Google exige que todo dispositivo lançado após 3 de setembro de 2019 tenha um recurso de Bem-estar Digital, seja o padrão do Android ou uma solução personalizada. É essencial haver um painel com o tempo de uso de cada aplicativo, a possibilidade de definir timers para apps, e algo semelhante ao Relaxar (que ativa o modo não perturbe em horários específicos).
Esta regra contempla novos celulares e tablets lançados com Android 9 Pie ou Android 10, além de dispositivos que forem atualizados para uma dessas versões após 3 de setembro.
Por fim, o Google está criando uma nova exigência: todo dispositivo com porta USB-C deverá ser compatível com o padrão de carregamento rápido USB-C PD (Power Delivery). Essa tecnologia é capaz de fornecer até 100 W de potência, mas vem sendo deixada de lado por algumas fabricantes, que preferem adotar soluções proprietárias.
O Android Authority fez o teste e descobriu, por exemplo, que o OnePlus 6T chega a 15,54 W com o carregador que vem na caixa, e a apenas 7,23 W com um carregador USB-C PD. O LG V30 atinge quase 15 W com o acessório proprietário, e somente 4,89 W com um cabo e conector que atende aos padrões do Power Delivery.
Agora, um dos requerimentos do GMS diz o seguinte:
Novos DISPOSITIVOS lançados de 2019 em diante com porta USB Type-C DEVERÃO garantir interoperabilidade completa com carregadores que são compatíveis com as especificações USB e que tenham o conector USB Type-C.
Vale notar que dispositivos Android com microUSB ainda poderão ser lançados, e não precisarão ser compatíveis com o USB PD. Provavelmente veremos o efeito dessas novas regras nos celulares e tablets lançados em 2020.
Com informações: XDA Developers, (2), (3).
Leia | Como transferir arquivos do Android para o macOS via USB