Anvisa proíbe uso do Zoom entre funcionários devido a falhas
Com Zoom banido, funcionários da Anvisa terão que usar outro serviço para videochamadas
Com Zoom banido, funcionários da Anvisa terão que usar outro serviço para videochamadas
Depois dos diversos relatos de problemas de segurança, organizações em várias partes do mundo estão limitando ou proibindo o uso do Zoom para reuniões online. No Brasil, é o caso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): o órgão decidiu impedir o uso interno da ferramenta de videochamadas.
Embora o Zoom tenha sido desenvolvido originalmente com foco em atividades como reuniões corporativas e treinamentos online, o atual cenário de quarentena tornou o serviço muito popular para videochamadas pessoais, transmissões de eventos religiosos e aulas particulares, por exemplo.
O aumento de popularidade acabou levando à revelação de uma série de falhas de segurança e privacidade no Zoom. Os problemas vão de compartilhamento de dados de usuários a invasões de transmissões desprotegidas.
A quantidade de críticas aos problemas de segurança do Zoom foram tão numerosas que Eric S. Yuan, CEO da companhia, chegou a publicar um pedido de desculpas e a prometer soluções.
De fato, desenvolvedores do Zoom passaram a trabalhar na solução de alguns problemas na semana passada. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito. Para piorar, a quantidade de falhas associadas ao serviço é tão grande que o clima agora é o de que outro problema de segurança poderá ser revelado a qualquer momento.
Essa situação explica a decisão da Anvisa. O órgão decidiu proibir o uso do Zoom por seus funcionários a partir desta segunda-feira (6) após identificar, por meio de sites especializados (sem especificar quais), que o serviço não é seguro.
“Nos sites em questão, foram apontadas vulnerabilidades do Zoom Meeting que, quando exploradas por hackers, permitem o acesso não autorizado à câmera e ao microfone, viabilizando o roubo das credenciais dos usuários e de informações trocadas nas reuniões”, explica a Anvisa em nota.
No mesmo comunicado, o órgão destaca que o CEO da Zoom “reconheceu o problema ao admitir que estão sendo aplicadas correções de segurança no software” em nota enviada pela empresa à Gerência Geral de Tecnologia da Informação (GGTIN) da Anvisa.
As correções em curso não foram suficientes para a entidade permitir o uso do Zoom. A partir de agora, os funcionários deverão realizar videoconferências por meio da plataforma corporativa (cujo nome não foi revelado) que é usada pela Anvisa há mais de um ano.
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