App transforma o iPhone em maquininha de cartão de crédito
Em uma iniciativa similar à nova da start-up de Jack Dorsey (a Square) que transforma o iPhone em um ponto de vendas móvel, a empresa que domina o mercado de maquininhas de cartão de crédito agora também tem um app para isso.
O aplicativo da Cielo é compatível com iPhone, iPad e iPod Touch (mas precisa estar sempre conectado, então um 3G/EDGE vai bem) e funciona como um ponto de transações de cartão de crédito móvel e extremamente portátil (talvez não tanto assim se instalado em um iPad).
Através dele é possível realizar pagamentos com as bandeiras Visa, Mastercard e American Express, basta que o cliente forneça o número, data de validade do cartão e código de segurança, de maneira similar a uma compra online. Os dados do cartão são então enviados de forma criptografada para a Cielo e o cliente pode receber o recibo por e-mail, se assim desejar.
O aplicativo está disponível gratuitamente na App Store, mas para utilizar os serviços da empresa como vendedor é preciso pagar uma taxa mensal de R$ 19,90 (com desconto promocional de 50% nos 12 primeiros meses). O foco da empresa com esse aplicativos são os profissionais liberais e estabelecimentos comerciais que demandam mobilidade na efetuação de pagamentos.
Mais informações podem ser encontradas no hotsite do aplicativo, que ironicamente é feito em Flash.
Em uma nota pessoal, acho louvável a iniciativa e fico muito contente que hoje haja mais essa possibilidade para o profissional brasileiro receber seus pagamentos em qualquer lugar, mas como cliente não sei se me sentiria absolutamente seguro com o sistema.
Na start-up de Jack Dorsey o cartão é passado em um leitor que se acopla ao iPhone e o cliente ainda assina na tela do aparelho confirmando a transação. Aqui o cliente passa ao vendedor todas as informações sobre seu cartão, o que permitiria, em tese, que um vendedor desonesto utilizasse esses números para fazer a festa com compras online sem qualquer dificuldade.
Aparentemente o aplicativo não guarda essas informações e nem as exibe posteriormente ao vendedor, mas ainda assim, eu não me sentiria seguro passando todas essas informações a um hipotético vendedor ambulante utilizando o aplicativo — essa desconfiança é um dos motivos de existir de sites como o PayPal, que servem de proxy entre seu cartão de crédito e um vendedor online potencialmente desconhecido.
Quem sabe futuramente haja um acessório para leitura (tal qual o Square) que evite que se passe todos esses dados. Nesse meio tempo, fico feliz que o primeiro passo tenha sido dado, mas não vou dar mole para o azar.
Com informações: Exame.
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