São Paulo quer 20 mil pontos de Wi-Fi grátis na capital até 2024

Prefeitura abre consulta pública para novo edital que deve levar programa WiFi Livre SP a 10 mil endereços; plano de metas prevê 20 mil pontos até 2024

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Vista aérea do Centro de São Paulo
Vista aérea do Centro de São Paulo (Imagem: Lucas Marcomimi/Unsplash)

A Secretaria Municipal de Tecnologia e Inovação (SMIT) de São Paulo divulgou nesta terça-feira (3) a consulta pública para a expansão do programa de Wi-Fi gratuito da cidade, o WiFi Livre SP. O programa, que tem atualmente 1.088 pontos no município, deve cobrir mais de 10 mil localidades nesse próximo chamamento. O plano é chegar a 20 mil locais em 2024.

Segundo o comunicado à imprensa da SMIT, a consulta pública tem como objetivo reunir contribuições da sociedade civil (que podem ser enviadas para o e-mail consultawifi@prefeitura.sp.gov.br) e de empresas interessadas no credenciamento, além de avaliar se o modelo adotado é adequado para o mercado e para a cidade. As contribuições serão aceitas por 15 dias, e o prazo pode ser prorrogado pelo mesmo período.

De acordo com o TeleSíntese, o serviço continua com os mesmos requisitos técnicos, e as empresas continuam obrigadas a fornecer uma conexão de no mínimo 512 kb/s. Os pontos relacionados à publicidade continuam os mesmos: há três opções de exibição de propagandas, com 15, 30 ou 45 segundos, que darão acesso a 15, 30 ou 45 minutos de navegação, respectivamente. Também há a exigência de que os dados coletados dos usuários sejam tratados observando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O WiFi Livre SP foi lançado em 2013. Desde 2019, três empresas se credenciaram para a expansão do programa: Americanet, Surf Telecom e WCS. Segundo o TeleSíntese, atualmente 300 desses pontos são explorados comercialmente.

Prefeitura quer diminuir desigualdade com WiFi Livre SP

Os 10.019 mil endereços do novo edital estão espalhados pela cidade e foram divididos em cinco lotes, e as empresas podem atender um ou mais desses lotes. Segundo informações da coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo, a intenção é ampliar a cobertura na periferia da cidade.

O texto divulgado pela Prefeitura diz que a “pandemia de Covid-19 evidenciou ainda mais a importância do acesso à internet para que todos possam usufruir de importantes políticas públicas no município” e que o Plano de Metas 2021-2024 prevê “a disponibilização de 20 mil pontos de acesso público à internet sem fio, priorizando a cobertura nos territórios mais vulneráveis”.

De fato, áreas mais carentes sofreram com a falta de acesso à internet para trabalho remoto e ensino, mas tenho minhas dúvidas se uma conexão com 512 kb/s de velocidade mínima seria suficiente para assistir a uma aula online.

Com informações: Folha de S.Paulo, TeleSíntese, Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia de São Paulo.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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