A francesa Vivendi contratou os bancos Rothschild e Deutsche Bank, ambos da Alemanha, para avaliar as melhores opções de venda da operadora GVT. Isso mesmo, a GVT poderá ganhar um novo dono em breve. O grupo francês de mídia comprou a operadora em 2009, em meio a uma disputa aos tapas com a Telefónica, da Espanha. Os franceses ganharam o leilão e pagaram cerca de R$ 4 bilhões por 99,2% da companhia.

Hoje, os franceses pretendem vender a empresa por R$ 10 bilhões, valor que subiu graças o crescimento da operadora incluindo sua expansão para outras cidades e o lançamento do serviço de TV por assinatura. Além da GVT, a Vivendi é dona operadora da SFR e de diversas empresas de conteúdo e entretenimento, como Universal Music, EMI, Activision Blizzard e NBC (nos Estados Unidos).

É possível que algum outro grupo estrangeiro compre a empresa, embora não tenha dúvidas de que diversos grupos brasileiros ficarão interessadas na operadora. A Oi, por exemplo, quer investir em IPTV, e suas primeiras operações têm início previsto ainda para esse ano. A extensa rede de fibras óticas da GVT permitiria levar o serviço para mais localidades.

A TIM, por sua vez, poderia expandir a operação do Live TIM, que atualmente se concentra nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Já a Vivo poderia lançar seu serviço de telefonia fixa e banda larga para fora do estado de São Paulo.

O principal motivo da venda é a reestruturação nos negócios, a fim de reverter uma baixa de 29% no preço das ações da Vivendi.  Vale lembrar que, apesar da empresa estar a venda, cabe ao CADE e à Anatel aprovarem a compra da GVT por outro grupo. Diversos fatores – entre eles a diminuição da concorrência – são negativos para que a negociação seja concretizada.

Com informações: Reuters

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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