A crítica não é de hoje, mas parece que os problemas de assinantes do Speedy, banda larga da Telefônica no Estado de São Paulo, só aumentam. A empresa está atualmente impedida de vender novas assinaturas, até que apresente uma readequação do serviço ao número de usuários. Ainda assim, as complicações persistem.
Durante o fim de semana, a empresa realizou o processo de ampliação dos servidores de DNS em seu datacenter na cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Segundo a companhia, a capacidade do datacenter dobrou, de modo a garantir que o DNS do Speedy não deixe os clientes na mão.
Do ponto de vista técnico, o servidor de DNS é vital porque é responsabilidade dele converter o endereço do site, composto de caracteres alfanuméricos, no IP pelo qual o servidor do site pode ser contatado. Esse IP pode mudar continuamente, e é dever do servidor de DNS garantir que o acesso ao site seja sempre possível.
Migre.me ficou offline
Um dos serviços que recentemente ficaram indisponíveis para assinantes do Speedy foi o Migre.me, encurtador de URLs com contagem de cliques e também de vezes que um endereço é replicado no Twitter. Relatos de usuários dão conta de que o site ficou fora do ar desde a manhã de segunda (13) até o meio-dia de hoje.
Jonny Ken Itaya, sócio-fundador e administrador do Migre.me, disse ao TB News que o que menos importa é a queda de audiência do site. Para o blogueiro, o mais preocupante é a qualidade do serviço, que fica comprometida.
Questionado sobre o prejuízo que a indisponibilidade do Speedy causa ao Migre.me, Jonny Ken afirmou que a empresa está tendo a imagem prejudicada devido a um problema interno da Telefônica. O empresário cogita entrar com ação judicial por perdas e danos contra a operadora de telefonia, mas atualmente está interessado em resolver o problema. Itaya garante que se o Migre.me não voltar a funcionar para usuários do Speedy, será preciso pensar em algum plano emergencial.
“Considerando que o status de um serviço é extremamente importante para uma empresa como o Migre.me, estamos jogando dinheiro pelo ralo.” – Jonny Ken, fundador do Migre.me
A Telefônica chegou a pedir que o Migre.me sugerisse a seus usuários formas de trocar o provedor de DNS do computador manualmente, mas o empresário se negou a fazer tal sugestão. Segundo Jonny Ken, é inviável pedir que 10 mil assinantes do Speedy que acessam o Migre.me frequentemente façam a troca. “O problema esbarra na burocracia de uma empresa gigantesca que raramente resolve os nossos problemas sem ações judiciais”, disse Itaya.
O Tecnoblog continua recomendando o uso da OpenDNS para tentar resolver o problema. Para saber como habilitar a OpenDNS gratuitamente no seu computador ou modem, clique aqui.
[Com Abril.com/Yahoo Notícias/Info]