Contrariando tudo o que seus pais sempre disseram (caso você tenha pais conservadores), os jogos de videogame não são exclusivamente fonte de diversão e sinônimo de falta do que fazer. Centenas de estudos já comprovaram o benefício de títulos como StarCraft, Minecraft e até SimCity para o desenvolvimento de determinadas áreas do cérebro.
Além das vantagens “cognitivas”, os jogos também podem ajudar na formação de caráter e moral de crianças. Prova disso é o interessante estudo de Tobias Staaby, um professor norueguês que passou a inserir sessões de The Walking Dead – The Game, em suas aulas na Nordahl Grieg Upper Secondary School.
A série episódica da Telltale, que foi lançada em 2012, ganhou muitos prêmios por sua narrativa inovadora e sensível, além de todo o conjunto da obra – trilha sonora e gráficos que, mesmo simples, engrandeceram o jogo ainda mais. Aproveitando-se da beleza do roteiro, que é modificado de acordo com as decisões morais do jogador, Staaby o incorporou em suas aulas de ensino religioso.
A escolha de The Walking Dead veio da necessidade de uma narrativa que abrisse discussões acerca de teorias e dilemas de ética, segundo o professor. O jogo já é empregado nas aulas há duas semanas e, segundo a entrevista veiculada no canal norueguês NRK, vem tendo resultados positivos. Os alunos são instigados a discutir sobre cada uma das decisões que tomam e, consequentemente, aprendem sobre diferentes modelos de ética. Dá pra acompanhar a entrevista, em norueguês, com legendas em inglês, logo abaixo:
Apesar do conceito inovador, The Walking Dead não é o primeiro jogo a ser empregado com sucesso em salas de aula. Aproveitando a febre em torno do game Minecraft, da Mojang, uma equipe de educadores lançou o MinecraftEdu, uma plataforma que une diversos tipos de exercícios com o jogo para serem aplicados em aula. Dá até vontade de voltar pra oitava série.