Popularização do acesso à internet. É isso o que a Federal Communications Commision, a Anatel dos Estados Unidos, quer com um plano de banda larga que será enviado amanhã ao Congresso do país para apreciação. O plano visa a “conectar todos os cantos da nação”. O prazo será de dez anos para que os objetivos sejam atingidos.
Um dos objetivos mais ambiciosos do plano de banda larga americano é conectar 100 milhões de residências a redes de 100 Mbps (só?!), criando um monstruoso mercado de internet de altíssima velocidade. A expansão dessa rede permitiria a criação de novos empregos e novos negócios para os Estados Unidos, país que ainda se recupera de uma forte crise e onde qualquer ajuda é muito bem-vinda.
Hospitais, faculdades, escolas, bibliotecas e instalações militares não ficam de fora do projeto. Essas instituições, chamadas de “âncoras” pela FCC, estarão conectadas a uma rede ainda mais potentes: uma conexão de 1 Gbps ficaria disponível para que funcionários, estudantes e visitantes façam uso da grande rede. A FCC quer, ao oferecer internet a velocidades mais rápidas, que as pessoas fiquem empolgadas para inovar e criar novas aplicações que tirem total proveito dessa rede.
A bagunça das telecomunicações por lá – que não é muito diferente da brasileira, diga-se de passagem – também deve diminuir. Competição é uma das palavras-chave para que a qualidade da banda larga comercial melhore. Para isso, a FCC pretende fiscalizar com rigor as operadoras de telefonia, levando em consideração o custo do acesso, a velocidade da conexão e a qualidade dela.
Só falta saber quando a Anatel vai fazer algo similar aqui no Brasil. O nosso plano nacional de banda larga já está pronto, com objetivo de levar internet a 30 milhões de brasileiros até 2014. No entanto, não fala sobre a qualidade dessa conexão, o que – como a gente bem sabe – não anda muito bem das pernas.
[via ZDNet, Secretlondon123]