Um belo dia, estimulado pelos insistentes anúncios que pipocavam por todo canto da web, o norte-americano Anthony Michaels resolveu criar um perfil no site Classmates.com, rede social fundada no distante ano de 1995, e assim re-encontrar seus antigos colegas de classe. Tempos depois, sem conseguir resultados expressivos, o sujeito foi surpreendido por um e-mail afirmando que algum colega dos tempos que não voltam mais gostaria de entrar em contato, mas que para isso ele deveria abrir a carteira e fazer um plano de filiação pago, chamado de Gold Membership. Foi aí que o então-agora-um-pouco-mais-pobre Michaels notou que havia sido vítima de um spam e tratou de resolver a questão nos tribunais.
No processo, originalmente aberto em 2007, os advogados do navegante indignado afirmam que seu cliente fora vítima de “propaganda enganosa através de e-mails ardilosos”, e não demorou para que o caso se convertesse numa ação de classe que envolvia nada menos do que três milhões de internautas.
Sem muitas alternativas, essa semana a página de relacionamentos anunciou um acordo de US$ 9,5 milhões (R$ 17 mi) para se livrar das acusações. Todos os membros que fizeram um plano pago depois de Michaels serão re-embolsados com a bagatela de US$ 3 (R$ 5) e a empresa se compromete a enviar propagandas mais “transparentes” a seus usuários.
Fim da história? Mais ou menos. Esse mês o site conseguiu ser processado novamente, dessa vez por conta de supostas violações da privacidade de seus usuários. [Mashable]