Uma série da Marvel a cada seis meses: é o que a Netflix promete
A epopeia de Demolidor na Netflix foi tão bem-sucedida que a companhia decidiu alçar voos mais altos: uma nova série baseada no universo da Marvel será lançada a cada seis meses. A decisão foi revelada na terça-feira (28) em uma conferência na Associação de Críticos de Televisão dos Estados Unidos.
Na verdade, esse é um plano antigo, que remonta a 2013. Quando o acordo para a produção de Demolidor foi fechado, o pacote incluiu planos para séries sobre personagens como Jessica Jones, Punho de Ferro e Luke Cage. Depois que todas as estreias tiverem sido feitas, os quatro heróis se unirão para um quinto seriado: sim, Os Defensores.
Desde criança eu ouço que não se deve criar grandes expectativas para nada nesta vida, mas não é aqui que eu vou seguir essa regra. Demolidor me convenceu de vez que dá sim para fazer ótimas adaptações das HQs para as telas.
Na Netflix, a produção nos trouxe aquilo que Demolidor – O Homem Sem Medo talvez não tenha alcançado (o que não quer dizer que o filme seja ruim, não de todo). Além de caprichar na fotografia e no figurino, por exemplo, o seriado conseguiu nos dar o ponto de vista de Matt Murdock, nos fez assimilar as suas motivações com maestria.
Isso é deveras importante. É arriscado entregar uma produção que só quem acompanha os quadrinhos pode entender. A missão foi cumprida com sucesso: Demolidor arrancou elogios até mesmo de pessoas que não são ligadas no universo da Marvel. Se é assim, como não esperar bastante das novas séries?
A primeira delas será Jessica Jones, que está há algum tempo em filmagem e deve ser lançada antes que 2015 termine. Tal como na primeira temporada de Demolidor, serão treze episódios. O papel da protagonista está nas mãos da atriz Krysten Ritter.
Punho de Ferro e Luke Cage devem vir na sequência, muito provavelmente, nessa ordem. No meio disso tudo teremos ainda a segunda temporada de Demolidor, já confirmada.
É claro que a Netflix continuará apostando em produções com outras temáticas. A companhia já percebeu que conteúdo exclusivo é um jeito muito inteligente de diferenciar seus serviços e, ao mesmo, diminuir a dependência de distribuidores e estúdios de Hollywood.
Há mesmo muita coisa por vir. Apesar de o primeiro trimestre financeiro de 2015 apontar gastos de US$ 163 milhões em produções próprias e causar preocupação nos investidores, a Netflix já deixou claro: os resultados serão colhidos no longo prazo, portanto, esse é um caminho sem volta. Ainda bem.
Com informações: Time, The Seattle Times