Governo quer criar uma espécie de Uber para transportar servidores
Com a nova medida, a eficiência dos gastos será melhorada, diminuindo as despesas administrativas
Para equilibrar as contas públicas e unificar o transporte de funcionários, o governo vai criar uma espécie de Uber para os servidores públicos. Dessa forma, eles terão disponível por um aplicativo uma frota terceirizada e exclusiva, com funcionamento semelhante ao do app que “conecta passageiros e motoristas”. Atualmente, cada órgão público tem seus próprios veículos à disposição; com o novo serviço, a frota será única e o acesso será consolidado por todos os servidores.
Essa é uma das medidas que o governo pretende implementar para unificar a contratação de serviços, diminuindo assim os gastos administrativos para reverter a queda na arrecadação. O transporte não é o único setor que deve sofrer mudanças, aliás: o governo pretende alterar como são contratados hoje os serviços de segurança, limpeza, manutenção predial, energia elétrica, cartas e encomendas.
Ainda que seja um pequeno passo para equilibrar as contas públicas, principalmente quando comparado com as despesas de R$ 1,2 trilhão do governo, essas “pequenas economias” são importantes. “É uma questão de eficiência no gasto. Uma sinalização de que o governo está preocupado com isso, está mantendo uma gestão austera dos custos”, disse o secretário executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira.
O funcionamento do “Uber do governo” seria parecido ao do polêmico app, já que o acesso também será feito por aplicativo mediante ao cadastro dos servidores. Uma empresa será terceirizada para oferecer a frota de veículos e receberá por quilômetro rodado.
Apesar da semelhança, o governo está longe de fazer qualquer tipo de parceria com o Uber. A presidente Dilma Rousseff chegou a se pronunciar sobre o aplicativo de corridas, o qual considerou “polêmico” e afirmou que ele “não é uma coisa tranquila” porque “tira o emprego de muitas pessoas”.
Com esse novo serviço, o governo visa reduzir os gastos com transporte próprio de R$ 200 milhões em 20%. “Com isso, conseguiremos otimizar a utilização dos veículos. Hoje temos dificuldade de fazer a manutenção de frota, é um gasto difícil de controlar”, segundo Dyogo.
O serviço de transporte do governo para os servidores deve ficar disponível nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Os ministros e autoridades, no entanto, continuarão tendo um carro próprio à disposição, assim como ambulância e carros policiais.
Com informações: O Estado de S. Paulo, Veja.