Quem acompanha o tecnoblog há algum tempo, deve ter visto o texto que eu publiquei quando conheci o last.fm.
Basicamente, o que eu achei de mais sensacional no serviço, foi a oportunidade de marcar em um lugar, todas as músicas que eu ouço no meu dia-a-dia (ou quase todas), e depois poder conferir minha evolução musical ao longo dos anos.
Desde então, comecei a notar várias coisas interessantes. Observando meu perfil, por exemplo, vejo que minha banda predileta não é necessariamente a que eu mais escutei até hoje. E que das minhas top 8 bandas, pelo menos duas estão ali apenas por causa de um vício momentâneo. Já nem as escuto mais, hoje em dia.
Mas o last.fm não me fez apenas ser um melhor conhecedor do meu gosto musical. Ele também mudou o meu comportamento como consumidor. Seja de equipamentos de áudio, ou do próprio áudio.
Já me aconteceu por exemplo de pular uma faixa, por não querer exibi-la no meu perfil. Óbvio que quando percebi tal ato, voltei atrás, mas o impulso imediato me chamou a atenção.
E falando em equipamentos, hoje em dia já não me interesso por celulares onde eu não consiga fazer o scrobble de minhas músicas para o last.fm. Tem gente que compra smartphone por causa do twitter. Já eu, sou capaz de deixar de comprar um, por causa do last.fm.
Mas ainda há um lugar que, até hoje, a rede não alcançava: o som do carro. Este que na verdade, é o 3º lugar onde mais escuto música.
A solução me apareceu quando resolvi comprar um iPod. Eu que sou completamente a favor da unificação de tecnologias em um aparelho só (leia-se MP3 no celular), resolvi me render a esta tecnologia velha e obsoleta (ironia, ok?), não pelo Last.fm, não pelo som do carro, mas por motivos maiores.
Agora é só plugar o dito cujo no som do carro, que mais tarde, quando eu sincronizá-lo com o iTunes, o software do last.fm se encarrega de capturar todas as músicas que foram executadas.
Toda essa alteração comportamental pode parecer meio maluca à primeira vista, mas é algo que acontece constantemente na vida das pessoas. E esta é uma pequena parte da minha história, sobre como um serviço gratuito de internet, influenciou o meu comportamento como consumidor.
E vocês, já passaram por algo parecido?