Zurique, na Suíca, ganhou um novo supercomputador, chamado Aquasar. Até aí, nenhuma novidade, visto que o equipamento do Eidgenössische Technische Hochschule Zürich (Instituto Federal Suíço de Tecnologia da cidade) não é nenhuma inovação nessa indústria. A diferença desse supercomputador fica por conta do modo como ele é mantido resfriado.
Desenvolvido pela IBM, o sistema faz uso de água quente para que não ocorra superarquecimento. Pois é, água quente.
A príncipio parece loucura usar água quente como dissipador de calor, mas a tecnologia faz sentido: a dissipação de calor através da água é pelo menos 4 mil vezes mais eficiente que o ar, o que garante um sistema mais estável por um menor custo. No modelo que a IBM desenvolveu, há outra vantagem interessante: a água aquecida pode ser fornecida para a comunidade local, sendo uma solução ecologicamente interessante, e diminuindo ainda mais os custos da implantação.
“Mas… por que não usar água fria, então? Não seria mais eficiente?”. Aí é que está: o resfriamento da água requer muita energia elétrica, e nem mesmo é necessário resfriá-la: a temperatura média da água ficará entre 60~70 graus Celsius, bem abaixo do “nível de alerta” dos chips nos servidores, que só teriam problemas com uma temperatura em torno de 85 graus Celsius.
O funcionamento do sistema é razoavelmente simples: a água é bombeada através de pequenos canais, absorvendo o calor do metal em volta. Para entender melhor, veja o vídeo abaixo:
No caso do Aquasar, todo o sistema será fechado: a mesma água que resfriará o servidor será usada para aquecer os prédios do instituto, e logo depois vai retornar para o computador e resfriá-lo. A previsão é de que essa tecnologia gere uma diminuição de até 30 toneladas de CO2 por ano.
Com informações: Datacenter Knowledge.