A Wired, considerada por muitos como a bíblia da tecnologia, é uma revista que de vez em quando se propõe a tentar acertar o futuro — nem sempre consegue, mas futurologia é assim mesmo. Recentemente, no entanto, o editor da edição britânica da publicação decidiu abordar o presente. David Rowan tomou coragem para escrever um artigo no qual diz “não” ao Facebook.
Por sinal, não somente ao Facebook, mas praticamente a todas as redes sociais e ferramentas nesse estilo.
Abaixo você confere os seis motivos enumerados por Rowan para fugir das redes sociais. O artigo completo, em inglês, pode ser lido aqui.
- “As empresas privadas não são motivadas pelos melhores interesses”. De acordo com Rowan, empresas como Facebook e Google estão interessadas no lucro. Não é por acaso que tornou-se cada vez mais comum discutir a privacidade nas redes sociais, assunto que ainda carece de qualquer regulação governamental.
- “Elas tornam difícil reinventar a si mesmo”. Uma vez que tudo fica registrado, será cada vez mais difícil tentar mudar de vida. E como todos cometem erros enquanto são jovens, é provável que esses erros estejam para sempre disponíveis a qualquer um.
- “Informações que você fornece para um determinado propósito serão invariavelmente usadas para outro…”. Com informações cada vez mais disponíveis, o cruzamento de dados permitirá que empresas tomem decisões que antes não seriam possíveis. Isso pode ser usado tanto para o bem como para o mal, claro.
- “…e há uma grande chance que [essas informações] sejam usadas contra você”. Segundo Rowan, um oponente político ou um concorrente no trabalho poderão expor informações suas fora de contexto, apenas para ganhar vantagem.
- “As pessoas bagunçam as coisas e dão mais do que percebem”. Ao atualizar o Facebook, muitas pessoas não sabem que esses posts serão publicados na rede e acessíveis a qualquer um.
- “Por que nós deveríamos deixar empresas privatizarem nosso discurso social”. Para o jornalista, a política de privacidade do Facebook dá à rede social o direito de fazer o que quiser com as informações que os usuários lá publicam.
David Rowan termina seu artigo dizendo “Pode me chamar de careta. Mas essa é uma característica que eu quero compartilhar com meus amigos. Pessoalmente”.
Facebook tomou!