A Apple anunciou na terça-feira (14/02) que pediu permissão ao tribunal de falências de Nova York para processar a Eastman Kodak por conta de supostas infrações de direitos autorais sobre patentes de impressoras, câmeras fotográficas e porta-retratos digitais. O comunicado aconteceu poucos dias após a Kodak anunciar que está abandonando o mercado de produtos fotográficos como parte de uma re-estruturação. Em janeiro, a ex-gigante dos retratos entrou com um pedido de concordata nos EUA.
Argumentando que o processo de recuperação judicial não isenta a Kodak de processos judiciais, os advogados da empresa da maçã afirmam que sua empresa é a verdadeira dona de um sistema de pré-visualização de imagens presente dos produtos de sua rival. As mesmas supostas infrações fazem com que a Apple esteja em uma disputa contra a Research in Motion nos tribunais norte-americanos.
De acordo com a rede de notícias Bloomberg, o processo pretende bloquear uma ação similar movida pela Kodak contra a Apple por conta da mesma patente. No final de 2011, a empresa da maçã tentou processar a Kodak em um tribunal da Comissão Internacional de Comércio (CIC), sem sucesso, e agora aposta em uma nova tentativa em uma corte novaiorquina. “É contra o interesse público para a Comissão gastar seu tempo e recursos em uma investigação enquanto se sabe, como admite a própria Kodak, que diversas patentes serão vendidas para tentar recuperar parte de seu negócio”, afirmou a CIC.
“A Apple não deveria tentar se aproveitar da situação para tentar prejudicar a execução da Kodak, uma vez que eles são infratores que continuam a usar propriedade intelectual sem recompensar adequadamente seus donos”, afirmou a Kodak em um comunicado oficial.