Em menos de um mês, as operadoras chegam no limite estabelecido pela Anatel para instalar as redes 4G nas cidades-sede da Copa das Confederações. O cronograma diz que até o dia 30 de abril as cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza precisam ter a devida infraestrutura de suporte ao 4G e planos comerciais disponíveis para venda.
Para saber como andam as instalações e os planos de 4G, entrei em contato com todas as grandes operadoras do Brasil. A resposta de cada uma delas você confere logo abaixo.
Claro
De longe, a que parece estar mais avançada é a Claro. Para a infraestrutura de 4G, a operadora anunciou há alguns meses um acordo com a Vivo para compartilhamento de antenas. Foi ela também que inaugurou a primeira rede comercial 4G em Recife, no final do ano passado, além de fazer testes nas cidades de Campus do Jordão, Paraty e Búzios. Hoje, já existem planos 4G disponíveis em Curitiba e Porto Alegre.
A operadora também disse ao Tecnoblog que a infraestrutura de cabos para dar suporte às antenas de 4G e 3G será ampliada ao longo dos meses. A Claro planeja lançar um novo cabo submarino ligando as cidades de Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza à America Central e terminando em Miami. O cabo vai ter capacidade para 500 gigabits por segundo e sua extensão total será de 17.500 km, com o investimento total de quase R$ 1 bilhão.
Vivo
Apesar de ter feito um acordo de compartilhar antenas com a Claro, a Vivo ainda não tem nenhuma operação comercial de 4G em cidade alguma até o momento de publicação desse post. Quando questionada, a operadora disse ao Tecnoblog que “o serviço será ativado no dia 30 de abril nas seis cidades-sede da Copa das Confederações”. A Vivo não quis revelar as opções de planos que estarão disponíveis, se limitando a dizer que terão modem, smartphones e tablets com a tecnologia.
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Em um site criado para divulgar informações sobre sua rede 4G, que a Vivo chama por algum motivo de 4G Plus, a operadora também divulga quais as próximas cidades a receberem cobertura e as estimativas de datas. Segundo o cronograma, as capitais São Paulo, Manaus, Vitória e outras (incluindo as cidade-sede da Copa do Mundo) devem receber cobertura 4G da Vivo até dezembro desse ano.
Oi
Seguindo os passos das duas maiores operadoras brasileiras, a Oi também fez uma parceria com uma concorrente para compartilharem a infraestrutura que vai espalhar o 4G pelo Brasil. No caso da Oi, a parceria foi feita com a TIM. Quando questionada pelo Tecnoblog sobre a infraestrutura, a operadora disse que “as antenas necessárias […] estão em processo de instalação” nas cidades da Copa das Confederações.
Sobre as datas de disponibilização da rede, a Oi se limitou a dizer que “cumprirá o prazo estabelecido pela Anatel” e que vai disponibilizar planos de 4G também no dia 30 de abril. A operadora disse ainda que, ao lançar os planos, as cidades contarão com ao menos 50% de cobertura da rede 4G, como manda o figurino.
TIM
Sobre o compartilhamento das redes, a TIM deu mais detalhes do que a Oi. Segundo a empresa, a instalação da infraestrutura de 4G compartilhada pelas duas operadoras em Recife ficará por conta da TIM. Já a Oi, será responsável por instalar as antenas e demais equipamentos nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador. A divisão parece pouco justa, mas a Oi já conta com uma infraestrutura bem ampla pelo menos nas capitais mineira e carioca.
Até o final do ano, prazo em que as cidade-sede da Copa do Mundo precisam ter pelo menos 50% de cobertura 4G, a balança fica mais dividida. A TIM será a responsável pela infraestrutura nas cidades de São Paulo, Natal e Curitiba e a Oi fica responsável pelas cidades de Manaus, Porto Alegre e Cuiabá. A operadora também garantiu que cumprirá os prazos estabelecidos pela agência.
FIFA teme apagão
Apesar das garantias dadas pelas operadoras, a FIFA está temerosa. Em entrevista ao Estadão, Walter de Gregorio, diretor de comunicação da FIFA, disse que pelo menos 4 mil jornalistas estarão presentes durante o evento e eles precisam de uma conexão rápida para transmitirem informações sobre o evento em tempo real. Essa grande quantidade de pessoas pode causar um apagão na rede, algo que o diretor diz que resultaria em um problema de grande repercussão para a FIFA. O diretor diz que “não posso imaginar um cenário em que os jornalistas não possam transmitir suas reportagens, é impensável um black-out desse tipo”.