Comparativo: iPhone SE (2022) vs iPhone 11; qual é a diferença?
iPhone SE (2022) tem visual datado e Apple A15 Bionic enquanto iPhone 11 traz tela com notch e câmera dupla de 12 megapixels
iPhone SE (2022) tem visual datado e Apple A15 Bionic enquanto iPhone 11 traz tela com notch e câmera dupla de 12 megapixels
A Apple lançou a terceira geração do seu celular menos caro: o iPhone SE (2022). O smartphone chegou às lojas com visual datado, uma única câmera e o mesmo processador do iPhone 13, o Apple A15 Bionic. Mas qual é a diferença entre o lançamento e o iPhone 11? Veja o que muda entre os modelos no comparativo a seguir.
iPhone SE (2022) | iPhone 11 | |
---|---|---|
Tela | IPS LCD de 4,7 polegadas com resolução 1334 x 750 pixels | IPS LCD de 6,1 polegadas com resolução de 1792 x 828 pixels |
Biometria | Touch ID | Face ID |
Câmera traseira | 12 megapixels | – principal: 12 megapixels – ultrawide: 12 megapixels |
Câmera frontal | 7 megapixels | 12 megapixels |
Processador | Apple A15 Bionic | Apple A13 Bionic |
5G? | sim | não |
A Apple manteve o visual datado do iPhone 8, de 2017, na nova geração do iPhone SE. Isto significa que o celular possui tela sem notch, mas com bordas bem espessas nas porções superior e inferior. E por falar na parte de baixo, o smartphone ainda tem o Touch ID embutido no botão Home, como nos modelos mais antigos.
O visual datado, por outro lado, tem lá as suas vantagens. Comecemos pelo leitor de digitais que, confesso, volta e meio sinto falta no meu iPhone 13. Além disso, nos testes do Tecnoblog, o nosso autor Darlan Helder ressaltou que o telefone ofereceu um desbloqueio rápido e sem problemas de reconhecimento da biometria.
O iPhone 11, por outro lado, segue a tendência lançada pelo iPhone X no mesmo ano: a famosa tela com notch. Isto significa que o smartphone não traz o clássico botão Home e o Touch ID, mas possui o Face ID. Ou seja, para desbloquear a tela, acessar apps, entre outras funções, é preciso usar o reconhecimento facial como biometria.
O Face ID agrega outra vantagem ao smartphone: efeitos. Graças ao TrueDepth, os sensores podem ser utilizados para desfocar ou escurecer o fundo de selfies. Os usuários também conseguem animar os Memojis com o auxílio dos componentes.
Obviamente, não é só o visual e a biometria que mudam no quesito design. O iPhone SE (2022) também traz a menor tela da dupla, de 4,7 polegadas, com resolução de 1334 x 750 pixels. Na prática, segundo o nosso review, as bordas espessas acabaram atrapalhando a experiência:
“Eu realmente gosto de celulares pequenos, porém eu tive uma certa dificuldade para usá-lo durante esta análise”, disse Darlan Helder em seus testes. “Há uma sensação de que tudo fica muito espremido, prejudicando a visualização e, não, desta vez, não foi culpa da minha miopia.”
A experiência é oposta ao do iPhone 11. No lugar das bordas espessas, o smartphone possui um pequeno recorte na parte superior central, igual ao iPhone X e os modelos mais recentes. E digo por experiência própria: o notch pode ser estranho no começo, mas depois que você se acostuma, a imersão é gigantesca.
O celular também tem um painel IPS LCD, mas tudo é maior: a tela mede 6,1 polegadas e a resolução é de 1792 x 828 pixels. Durante os testes do Tecnoblog, Paulo Higa destacou que o display entregou uma excelente qualidade: “as cores são equilibradas, com uma calibração parecida com a das telas OLED da Apple; e o contraste é ótimo, chegando quase ao preto absoluto”, afirmou.
O iPhone 11 leva vantagem em outro quesito: o conjunto fotográfico. O smartphone possui duas câmeras de 12 megapixels, sendo uma delas com lente ultrawide. Na prática, isto significa que o celular dá a faca e o queijo na sua mão para explorar diversos ângulos na hora de fotografar.
A qualidade segue a marca registrada da Apple. No nosso review, o celular tirou fotos com excelente definição, alcance dinâmico muito bom e cores equilibradas em boas condições de iluminação. No escuro, os registros permaneceram ótimos, desde que o modo Noite esteja ativado.
O iPhone SE (2022) entrega outra perspectiva. Isto porque o smartphone só possui um único sensor de 12 megapixels, que chegou a tirar fotos boas para o cotidiano na análise do Tecnoblog. O problema, no entanto, é quando as imagens são feitas em ambientes noturnos:
“A Apple, curiosamente, não aproveitou todo o poder do A15 Bionic e, por consequência, o iPhone SE nem sempre lida adequadamente com ambientes escuros. Isso acontece porque ele não tem modo noturno. Não, você não entendeu errado. O iPhone 13, que tem o mesmo processador do SE, tem modo Noite. Difícil de engolir essa decisão, não é?
Eu até gostei destas imagens em ambientes escuros e o que realmente ajudou nessa qualidade foram as iluminações artificiais, que, de certa forma, ajudaram a inibir a granulação. Mesmo assim, note que em algumas áreas os postes ficam com as luzes estouradas, algo que o processamento de imagem com certeza resolveria.”
Darlan Helder no review do iPhone SE (2022)
O iPhone 11 ainda possui câmera frontal de 12 megapixels enquanto o iPhone SE (2022) tem um sensor para selfies de 7 megapixels.
O iPhone SE (2022), por outro lado, sai na frente quando o assunto é ficha técnica. Isto porque o celular foi anunciado com o Apple A15 Bionic, o mesmo processador do iPhone 13. Ou seja, a nova geração tende a entregar um desempenho próximo à safra de smartphones anunciada em setembro de 2022.
E é o que mostra o nosso review. Durante os testes, o telefone manteve aquele desempenho típico de qualquer iPhone: muita fluidez e velocidade até mesmo com jogos. O problema é que o modelo aqueceu rapidamente, especialmente em tarefas mais intensas, como jogos.
O mesmo acontece com o iPhone 11. O smartphone foi apresentado em 2019 com o Apple A13 Bionic, que também se destacou pelo bom desempenho na sua estreia. Porém, como se trata de um modelo mais antigo, é possível que o smartphone já não apresente toda a potência que tinha na época do lançamento.
Ah, claro, a bateria. A Apple não informa a capacidade da peça, mas o iPhone SE (2022) apresentou um resultado mediano em nossa análise:
“Com o brilho da tela no máximo e conectado ao Wi-Fi de 5 GHz, nós consumimos duas horas de streaming de vídeo, uma hora de navegação nas redes sociais e encerramos o teste com 15 minutos de Asphalt 9. A bateria pulou de 100% para 54% após essas atividades.”
Darlan Helder no review do iPhone SE (2022)
O iPhone 11 também passou pelo nosso crivo com um resultado positivo:
“No meu dia de teste, tirei o iPhone 11 da tomada às 9 horas, assisti a vídeos no YouTube e naveguei pela web pelo 4G por cerca de duas horas, escutei músicas por streaming no Apple Music por uma hora e capturei algumas fotos ao longo do dia, sempre com brilho no automático. Às 22 horas, o aparelho ainda tinha 47% de carga, o que é excelente e se mostrou até melhor que o Galaxy S10+, que possui uma bateria bem maior.”
Paulo Higa no review do iPhone 11
Claro, esta variação depende muito do uso. Todavia, é importante ressaltar que, para a Apple, o iPhone SE oferece até 15 horas de reprodução de vídeos. Já o iPhone 11 promete até 17 horas de vídeos.
iPhone SE (2022) | iPhone 11 | |
---|---|---|
RAM | 4 GB | 4 GB |
Armazenamento | 64 GB, 128 GB e 256 GB | 64 GB, 128 GB e 256 GB |
Resistência à água e poeira? | sim | sim |
Apple Pay? | sim | sim |
Dual SIM? | sim | sim |
eSIM? | sim | sim |
A Apple também não informa a RAM dos seus celulares. Todavia, especula-se que a dupla tenha 4 GB de memória, assim como o iPhone 13 e iPhone 13 Mini. A quantidade tende a favorecer os usuários na hora de utilizar a multitarefa sem engasgos.
O mesmo é dito ao armazenamento. Na hora da compra, o consumidor pode optar por modelos com 64 GB, 128 GB e 256 GB. O problema é que, como é de se imaginar, quanto maior o espaço, mais caro é o celular.
Vale ressaltar que a Apple não vende mais o iPhone 11 de 256 GB em sua loja virtual.
A Apple passou a fortalecer aos seus celulares nos últimos anos. Parte desses avanços estão ligados à resistência à água e poeira, que oferece uma certa proteção aos smartphones a depender das condições. Os dois smartphones, no entanto, oferecem especificações diferentes neste quesito.
Comecemos pelo iPhone SE (2022). O telefone conta com a certificação IP67 que, segundo a Apple, garante resistência à mergulhos com profundidade máxima de um metro por até 30 minutos. O iPhone 11, por sua vez, consegue ir até dois metros graças à certificação IP68.
É importante ressaltar que, apesar da especificação, os dois celulares não são à prova d’água. Portanto, é melhor não abusar.
O Apple Pay é um dos recursos mais interessantes do iPhone. Após cadastrar o seu cartão, você pode usar o seu telefone para fazer pagamentos por aproximação via NFC. E a Apple não fez diferente: os dois smartphones oferecem o recurso, que pode ser acionado pelo app Carteira (Wallet).
A dupla ainda oferece suporte ao eSIM. Isto significa que você pode registrar uma linha de telefone virtualmente e colocar outro chip físico na gaveta para usar dois números ao mesmo tempo (Dual SIM). Além disso, a dupla conta com recarga sem fio e através do conector Lightning, mas não tem MagSafe.
Por fim, os celulares se beneficiam da política de atualizações da Apple. Para se ter uma ideia, o iPhone 6S foi anunciado em 2015 e recebeu o iOS 15, atualização liberada aos usuários em 2021. Mas, devido ao intervalo de tempo e por ser parecido com o iPhone 13 internamente, é provável que o iPhone SE (2022) receba mais updates do que o iPhone 11.