A Cambridge Analytica está mesmo fechando as portas. No início do mês, a companhia anunciou a decisão de encerrar as suas operações por consequência da controvérsia com o Facebook. Nesta semana, a companhia avançou uma etapa no processo: abriu um pedido de falência para a sua filial nos Estados Unidos.
Quando anunciou o encerramento de suas operações, a Cambridge Analytica atribuiu à decisão à falta de clientes. A empresa surgiu em 2013 como um braço do SCL Group (que também está fechando) voltado a análises de dados para fins comerciais e, principalmente, políticos. Mas, desde que o escândalo veio à tona, a clientela sumiu.
Pelo menos é o que a Cambridge Analytica diz. É possível que a decisão faça parte de uma estratégia para diminuir os estragos causados pelo caso. A despeito disso, é bastante provável que a companhia tenha mesmo perdido clientes: é de se esperar que nenhuma organização ou pessoa queira se envolver com um serviço cujo próprio nome serve para descrever um escândalo.
Para validar o pedido de falência, a Cambridge Analytica levou a um tribunal de Nova York documentos que indicam que a companhia tem ativos no país cujas somas podem chegar a US$ 500 mil, mas dívidas na faixa de US$ 1 milhão a US$ 10 milhões. O procedimento tem como base o Capítulo 7 da lei de falências dos Estados Unidos, que trata especificamente de liquidação.
O fechamento de uma empresa não acontece de uma hora para a outra, razão pela qual o processo pode se arrastar por um bom tempo. Mas regulares norte-americanos que lidam com o caso já adiantaram: independente do que for decidido, eles continuarão investigando a Cambridge Analytica.
Com informações: Reuters.