TikTok admite que funcionários na China podem acessar dados dos EUA
Em carta enviada a senadores republicanos, TikTok diz que acesso a informações está sujeito a rigoroso processo de autorização
Em carta enviada a senadores republicanos, TikTok diz que acesso a informações está sujeito a rigoroso processo de autorização
O TikTok é alvo de muitas suspeitas por parte dos EUA, que temem que o app seja usado pela China para espionar seus cidadãos. Uma nova notícia promete elevar a tensão: em carta enviada a senadores republicanos, a rede social confirmou que funcionários que trabalham na sede de sua dona, a ByteDance, podem acessar os dados de usuários americanos.
Shou Zi Chew, CEO da rede, escreveu que funcionários de fora dos EUA, incluindo os que estão na China, estão sujeitos a uma “série de controles de cibersegurança e protocolos de aprovação de autorização supervisionados por nossa equipe de segurança que fica nos EUA”.
O executivo diz ainda que o TikTok conta com um sistema de classificação de dados internos com diferentes níveis de acesso, de acordo com a sensibilidade dos dados.
A carta foi obtida pelo jornal The New York Times e havia sido enviada a nove senadores republicanos, que questionaram o TikTok sobre esse assunto.
As suspeitas sobre o TikTok voltaram ao noticiário após o BuzzFeed revelar, em junho de 2022, que engenheiros da ByteDance que trabalham na China tinham acesso aos dados de americanos até pelo menos janeiro de 2022.
Depois da carta, enviada na última quinta-feira (30), a senadora Marsha Blackburn declarou que a rede precisa ser interrogada no Congresso dos EUA. Ela diz que a resposta confirma os temores de que o Partido Comunista da China tem influência na empresa.
Também em junho, Brendan Carr, comissário republicano do FCC, órgão dos EUA equivalente à Anatel, pediu que Apple e Google removam o TikTok de suas lojas de apps. A instituição, porém, não tem autoridade para esse tipo de solicitação.
Depois isso, o TikTok anunciou que pretende transferir todos os dados de usuários americanos para servidores da Oracle. Atualmente, eles estão armazenados na infraestrutura própria da empresa, instalada nos EUA e em Singapura.
Com informações: Business Insider, The Verge.
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