AMD e Intel concordam: o mercado de PCs está bem difícil

Assim como outras empresas, Intel e AMD têm sofrido com quedas constantes nas vendas de PCs em todo o mundo; cenário pode melhorar no quarto trimestre

Wagner Pedro
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Notebook com Windows 11 (Imagem: Divulgação/Microsoft)
Notebook com Windows 11 (Imagem: Divulgação/Microsoft)

Após um aumento durante os estágios iniciais da pandemia de COVID-19, o mercado de PCs vem apresentando quedas significativas a cada trimestre. AMD e Intel, duas grandes empresas do setor, se pronunciaram afirmando que a situação é delicada, com ambas adotando uma perspectiva mais conservadora para os próximos meses.

Com a baixa no mercado de PCs, a AMD prevê um terceiro trimestre pior do que o esperado, embora estime que a venda de chips para data centers continuará em alta.

A fabricante americana acredita que esse período em específico pode render entre US$ 6,5 bilhões a US$ 6,9 bilhões — a previsão de analistas apontavam US$ 6,8 bilhões. A margem de lucro bruto deve ficar em torno de 54%, ligeiramente abaixo das estimativas de 54,2%.

Na última quarta-feira (3), as ações da AMD caíram mais de 2%, ressaltando a preocupação de investidores com as perspectivas da empresa.

Essa declaração chega após a Intel alertar seus investidores que espera que o mercado global de PCs caia 10% ainda este ano. Em uma entrevista ao Yahoo Finance, Pat Gelsinger, CEO da marca, revelou que o terceiro trimestre pode ser o “fundo do poço” para os negócios, mas que acredita em melhorias no quarto trimestre devido às festas de fim de ano.

Está ruim, mas poderia ser pior

Segundo um levantamento feito pela IDC, as remessas mundiais de PCs caíram 15,3% ano a ano, somando 71,3 milhões de unidades no segundo trimestre de 2022. Este é o segundo trimestre consecutivo de baixas nas vendas após dois anos de crescimento.

Apesar do declínio, o volume total ainda é comparável ao início da pandemia, quando foi registrado 74,3 milhões no segundo trimestre de 2020. A IDC também observa que o mercado continua acima dos níveis pré-pandemia, pois os números no segundo trimestre de 2019 e 2018 foram de 65,1 milhões e 62,1 milhões, respectivamente.

Após registrar uma queda de 12,6% em 2020, ano da pandemia, o mercado brasileiro de PCs começou a apresentar resultados positivos. Segundo a IDC, no quarto trimestre de 2021, foram vendidas 2,5 milhões de máquinas, representando uma alta de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 2 milhões eram notebooks e 500 mil desktops.

Com informações: Yahoo Finance.

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Wagner Pedro

Wagner Pedro

Ex-autor

Wagner Pedro é um paraibano “arretado” apaixonado por smartphones e cobre tecnologia desde 2017. Autodidata desde a época dos PCs de tubo, internet discada e Windows XP, buscou conhecimento em pequenos cursos de Informática e uniu essa paixão ao jornalismo. Ainda sente falta do extinto Windows Phone. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022.

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