Microsoft pode estar planejando baratear PCs com propagandas

Estratégia de ampliar o serviço do Windows 365, cloud PC da Microsoft, é discutida há alguns meses

Felipe Freitas
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• Atualizado há 7 meses
Windows 365 (Imagem: Divulgação/Microsoft)
Windows 365 (Imagem: Divulgação/Microsoft)

A Microsoft listou algumas vagas de emprego que indicam o desenvolvimento de uma versão do Windows 365 com propagandas. A ideia por trás desse novo produto é baratear os PCs, permitindo que os usuários não necessitem comprar um dispositivo com a licença completa e hardware necessário para rodar o sistema operacional.

O veículo ZDNet, que também foi o primeiro a encontrar o anúncio das vagas de empregos, relembra que em abril a Microsoft, através de alguns executivos, revelou planos de deixar o Windows 365 mais integrado ao Windows “básico”. Porém, essa descoberta sugere que os planos da empresa para o seu cloud PC são bem maiores. 

Novo modelo de negócio para o Windows

No anúncio das vagas, que buscam profissionais para a nova equipe de incubação do Windows, a descrição informa que o projeto desenvolverá “uma nova direção para a experiência e modelo de negócio do Windows — de PCs de baixo custo alimentados por anúncios e assinaturas”, concluindo com a proposta de dispositivos planejados para trabalhar na nuvem, atendendendo os segmentos profissionais e de consumo.

O Windows 365, lançado em 2021, é a versão cloud do sistema operacional da Microsoft. Atualmente, ele é voltado para empresas, permitindo que funcionários acessem o PC virtual da empresa em diversos dispositivos, desde Macs até máquinas com Linux. 

Desktops remotos, também conhecidos como área de trabalho remota, já existem há um bom tempo. Contudo, a proposta da Microsoft (visualizada na vaga de emprego) tende a facilitar o acesso dos consumidores e empresas aos dispositivos — e ao Windows.

Com o sistema operacional rodando todo na nuvem, os fabricantes podem desenvolver laptops e PCs com configurações de entrada, com o mínimo para rodar um sistema gratuito (como uma distribuição Linux). Dessa maneira, o usuário, seja consumidor ou empregador, pode comprar um dispositivo mais barato. Um dos gastos dessas fabricantes é o licenciamento do Windows.

Windows 365 (Imagem: Divulgação/Microsoft)
Windows 365 (Imagem: Divulgação/Microsoft)

Assinatura barata ou versão com propagandas?

No futuro, o Windows 365 para os consumidores pode chegar com uma versão gratuita com anúncios e outra paga “ad-free”, tal qual Spotify, Deezer e YouTube fazem. Ou adotar o modelo da Netflix, oferecendo um plano mais barato e com anúncios. Este modelo “foge” do padrão da Microsoft, que permite o uso gratuito do seu sistema operacional — com um “Ativar o Windows” bem visível na sua tela.

O Windows 365 precisará de um preço compensador. Uma licença do Windows 11 Home, na loja da Microsoft, está custando R$ 1.099,00 — dividindo por 12 meses, é um investimento (ou gasto) de R$ 91,58 mensais. As versões empresariais do Windows 365 custam a partir de R$ 170,10.

Momento “matemática de papel de pão” para a assinatura voltada a consumidores. O Windows 10 ficou nove anos (108 meses) como o “topo de linha” dos SO da Microsoft. Quem comprou a licença por um valor de R$ 1.099,00, gastou R$ 10,17 por mês até a chegada do Windows 11 (carinhosamente apelidado de Windows 10 2 por alguns). 

Mesmo que o projeto ainda esteja em planejamento, a questão é que a Microsoft entrará com mais força no mercado de assinaturas. A empresa já deu os primeiros passos para levar o Microsoft 365 (antigo Office) ao modelo SaaS (Software as a Service).

Com informações: ZDNet e XDA Developers

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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