4,4 bilhões de pessoas não têm acesso à internet
Linhas de fibra óptica, redes móveis e afins são cada vez mais numerosas. Mesmo assim, o número de pessoas que não tem acesso à internet continua altíssimo. Segundo um estudo realizado pela McKinsey & Company com base em dados de 2013, 4,4 bilhões de indivíduos estão completamente offline.
Este número possui escala global, obviamente, mas chama atenção pelo fato de a maior parte dele – 3,2 bilhões – corresponder a apenas 20 países. Dos 4,4 bilhões, a Índia responde por 1,063 bilhão. A China aparece logo atrás com 736 milhões de indivíduos.
Infelizmente, o Brasil também marca presença nesta lista: estima-se que 97 milhões de pessoas não têm acesso à internet no país. A surpresa maior, no entanto, diz respeito aos Estados Unidos: por lá, cerca de 50 milhões de cidadãos estão offline.
A pesquisa não distinguiu pessoas que não acessam a internet por opção. Não é difícil encontrar indivíduos que têm algum tipo de conexão em casa ou no trabalho, mas preferem não utilizá-la por falta de interesse ou intimidade com a tecnologia.
No entanto, a principal causa para o problema continua sendo a ausência de infraestrutura adequada. A pesquisa aponta que 64% das 4,4 bilhões de pessoas offline vivem em áreas rurais precárias em telecomunicações ou fornecimento de energia, por exemplo.
Também há limitações sociais sérias: muitos dos lugares sem acesso à internet refletem a falta de políticas públicas para saúde, alimentação e emprego. O aspecto da educação também é um agravante: os pesquisadores acreditam que 900 milhões dos indivíduos offline sejam analfabetos.
Preocupa também a quantidade de pessoas jovens fora da internet: a pesquisa indica que 80% dos indivíduos têm até 55 anos de idade; 42% têm até 25.
Números tão expressivos explicam o interesse de empresas como Google e Facebook pela ampliação do acesso à internet no mundo. A primeira quer, com o Project Loon, conectar localidades remotas com balões. A segunda considera até utilizar drones do tamanho de um Boeing 747 para este fim.
A parte preocupante é que iniciativas como estas podem até amenizar as deficiências tecnológicas, mas, pelo menos no curto prazo, pouco conseguem fazer para resolver o principal foco do problema: a desigualdade social.
O número de pessoas com acesso à internet é estimado em 2,7 bilhões de pessoas, com 1,8 bilhão delas se conectando pela primeira vez a partir de 2004.
Com informações: The Washington Post